Campo Grande (MS) - A delegação sul-mato-grossense de Luta Olímpica Júnior, que no último fim de semana (29 e 30 de julho) participou do Campeonato Brasileiro Cadete e Júnior da modalidade no Rio de Janeiro (RJ), retornou nesta quarta-feira (2) para a Capital. Apesar de pequena, devido à falta de apoio por parte dos meios esportivos legais, a seleção trouxe um título de campeão para o Estado.
Na competição, Alan Régis sagrou-se bi-campeão brasileiro estilo livre, na categoria 96kg. O atleta venceu as quatro lutas que disputou, onde em nenhuma delas seus adversários pontuaram. Este fato rendeu muitos elogios a Régis por parte da diretoria técnica da Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA).
Com o resultado, o atleta também assegurou sua vaga na Seleção Brasileira Júnior de Luta Olímpica, que vai representar o Brasil no Campeonato Pan-americano da modalidade na Guatemala, no mês de agosto. O evento valerá como seletiva para o Mundial Júnior de Luta Olímpica, que vai acontecer em setembro também na Guatemala.
Também estiveram presentes no evento, que para a Federação de Lutas Associadas de Mato Grosso do Sul (Felams) é um dos mais importantes no calendário esportivo de Luta Olímpica, os atletas Marcel Guimarães (estilo livre, categoria 74 kg) e Miguel Contis (estilo livre, categoria 84 kg).
"O atraso do repasse do Fundo de Investimentos Esportivos (FIE) foi o fator crucial para a pequena representação do Mato Grosso do Sul nesse Brasileiro, uma vez que de 15 atletas somente 3 participaram, custeando suas próprias despesas, o que nos prejudicou em muito nosso planejamento", reclama Jean Nunes, presidente da Felams.
Segundo ele, a participação do Estado no referido evento estava atrelada aos recursos do FIE, aos quais nos teve direito através do Ranking das Federações. Nunes disse ainda que o MS deixou de obter maior sucesso com a ausência dos outros atletas convocados para o Brasileiro.
"O Brasileiro Cadete e Júnior de Luta Olímpica é um dos eventos mais importantes de luta no Brasil. O esporte está numa fase de ascendência muita grande, sendo assim, uma maior participação era de extrema valia. O Estado deixou de escrever seu nome na história da luta com mais campeões, devido a essa falta de apoio por parte do Governo e do setor privado", sentencia Nunes.