Gustavo Kuerten confiante na recuperação para termporada 2006

estadão - 2 de set de 2005 às 16:05 307 Views 0 Comentários
Gustavo Kuerten confiante na recuperação para termporada 2006

Ainda não foi desta vez que Gustavo Kuerten ganhou duas partidas seguidas. Mas suas boas atuações no US Open de 2005 deixaram ao jogador a certeza que pode voltar a um nível competitivo e possivelmente recolocar-se no grupo dos top ten na próxima temporada. Para Guga, não se trata de um sonho apenas, mas sim de um caminho a ser seguido. A derrota nesta quinta-feira na segunda rodada do US Open, para o espanhol Tommy Robredo, por 5/7, 6/7 (7/3), 6/3 e 6/2 não tirou as expectativas do brasileiro.

"Depois de uma semana como esta deu para ter a certeza de que as chances são bastante grandes de voltar a jogar num bom nível", disse.

"Acho que já mostrei nestes dois jogos (venceu Paul Goldstein na primeira rodada e perdeu para Robredo na segunda), que estou jogando como um tenista entre 30 ou 40, mas eu quero mais. Espero voltar a ficar entre os dez."

Na quadra, Guga deixou claro que suas palavras são verdadeiras. Enquanto seu físico aguentou e suas pernas se movimentaram com agilidade, o tenista brasileiro provou que é bem superior ao espanhol Tommy Robredo, número 20 do ranking. Aplicou vários de seus famosos golpes, como a esquerda paralela e a cruzada de direita. Mostrou potencia e ousadia a ponto de levantar a torcida que lotou a quadra 11, onde formaram-se filas enormes para assistir ao ex-campeão de Roland Garros.

"Ainda tenho muito pela frente. Preciso melhorar a minha esquerda, tanto nas bolas altas como muito baixas, pois são golpes que preciso de muito apoio na perna", explicou Guga. "Mas esta claro que minha direita melhorou muito e que meu tênis evoluiu sensivelmente nestas últimas semanas. Já estou bem mais a vontade na quadra e acreditando que vai ser possível retomar um bom nível."

Não só com certos golpes, mas também com o físico, Guga sofreu bastante em seu jogo diante de Robredo. Debaixo de um sol forte, com temperatura acima dos 30 graus centigrados, o tenista brasileiro sentiu a falta de ritmo e acusou o golpe de passar várias horas na quadra - o que não acontecia há muito tempo. Sentiu dores nas costas, chamou por atendimento médico, tentou de tudo, mas não desistiu. Seu técnico Hernan Gumy queria ver o pupilo em um teste de resistência, aproveitando a chance de ver seus atuais limites.

Este sofrimento de Guga chamou atenção da imprensa internacional. Afinal, se o tenista está com tantas dificuldades por que seguir jogando, depois de tudo o que já fez e acumulou em prêmios. A reposta veio com a rapidez de um saque: "Eu tenho prazer em jogar tênis", definiu. "Nem cheguei perto do meu melhor, mas está gostoso novamente aplicar certos golpes, estar competindo. Isto faz parte na minha personalidade. Gosto de desafios."

Agora, Guga fica alguns dias em Nova York, depois volta ao Brasil e seu próximo compromisso será na equipe brasileira da Copa Davis que enfrenta o Uruguai, de 23 a 25, em Montevidéu.

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