Rio de Janeiro (RJ) - O Mundial de Futsal da Fifa, marcado para o final de setembro no Rio de Janeiro, está ameaçado de perder a sua sede principal depois de uma troca de recados entre o prefeito César Maia e o presidente da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), Aécio de Borba Vasconcelos.
"Surpreendentemente, recebi um comunicado do prefeito, afirmando que o que ele havia se comprometido a fazer não seria mais possível. Foi uma surpresa", disse o dirigente esportivo em entrevista ao jornal Lance nesta quarta-feira.
O prefeito confirma o comunicado e diz que há uma falta de comprovação de gastos da confederação. "O que a prefeitura informou não tem nada a ver com recursos, mas com as afirmações que ainda não foram confirmadas. Foi dito que o evento custaria R$ 54 milhões. O Ministério do Esporte entraria com R$ 27 milhões e as sedes (Santa Catarina, Brasília e Rio) com R$ 9 milhões. A prefeitura do Rio pediu a comprovação de gastos e contrato dos demais parceiros e até aqui nada recebeu", declarou Maia, por e-mail, ao jornal.
A capital brasileira e Jaraguá (SC) eram as outras prévias sub-sedes do torneio. A cidade catarinense, porém, foi vetada pela Fifa, que alegou a falta de aeroporto e uma rede hoteleira de nível insatisfatório no local.
Segundo Aécio Vasconcellos, Uberlândia pode ser a nova sede, caso o problema com Rio permaneça. A cidade mineira recebe a Superliga de futsal há duas semanas, e o dirigente já até conversou com prefeito do município para a alternativa.
Há dois anos, antes dos Jogos Pan-Americanos do Rio, a capital fluminense teve problemas com a sede do Mundial feminino de basquete, que teve sua estrutura mudada para São Paulo para realizar o evento. No Mundial de judô, em setembro de 2007 no Rio, o prefeito Maia também teve problemas quanto aos recursos, depois sanados.