Rio de Janeiro (RJ) - A Lei de Incentivo ao Esporte do governo federal foi sancionada no começo do ano, mas os atletas ainda não viram a cor do dinheiro. A saída, então, foi procurar verba em outras fontes. Nesse cenário, alguns estados aproveitaram para "exportar" atletas olímpicos, usando leis de incentivo.
Em Santa Catarina, por exemplo, o velejador André Fonseca achou "abrigo" em uma lei que prevê renúncia fiscal para as empresas que investem no esporte. "Essas leis estaduais estão ajudando muito na preparação. Consegui o apoio de empresas locais que possibilitaram a campanha para Pequim", explica.
O fenômeno chega em outros estados. Após o Pan-Americano, por exemplo, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o secretário de Esportes, Eduardo Paes, anunciaram uma série de medidas para atrair esportistas para o Rio. Segundo Paes, o que se está criando é "uma política pública esportiva, sem olhar para datas".
Segundo o governo, uma lei de renúncia fiscal para quem investisse no esporte, por exemplo, tinha prevista, ainda para 2007, uma verba de R$ 35 milhões. Além disso, já saiu do papel uma bolsa-atleta para que esportistas treinem no Rio. A prefeitura da cidade também adotou projetos similares, com bolsas para atletas olímpicos e aumento nos programas esportivos nas vilas olímpicas bancadas pelo município.