Entidades criticadas em audiência: ‘Só dão apoio ao profissional’

da redação - 7 de jul de 2016 às 08:28 200 Views 0 Comentários
Entidades criticadas em audiência: ‘Só dão apoio ao profissional’ Miltinho, que organiza campeonatos, criticou a Funesp e a Fundesporte.

Entidades gestoras do esporte em Mato Grosso do Sul e em Campo Grande, a Fundesporte e a Funesp foram alvo de críticas, nesta quarta-feira (06), durante audiência pública realizada pela Câmara Municipal da Capital. Segundo desportistas que cobravam mais atenção com o futebol amador, organizadores de campeonatos pelos bairros encontram dificuldades até mesmo para conseguir materiais básicos, como bolas e redes.

““Hoje precisamos de tudo, não só para quem organiza, mas para as equipes. As equipes não têm incentivo nenhum do poder público. Antigamente, na Funesp, conseguia. Hoje não se consegue mais uma bola. Uma rede então nem se fala. Você sabe quanto custa uma bola de primeira? R$ 200. Um uniforme de ponta é R$ 2,4 mil. O futebol amador precisa de tudo isso. Por que o futebol profissional acabou? Porque o amador não existe. Não tem um poder público que dá incentivo. Só dá apoio ao profissional ou para as federações. As federações pegam muito e fazem pouco. Todas vêm com aquele projeto fabuloso na Fundesporte e Funesp”, criticou o líder comunitário Milton Emilio Souza, que organiza campeonatos na região das Moreninhas.

A audiência, realizada para discutir incentivos ao futebol amador e formatar um projeto de apoio à modalidade, foi convocada pela Comissão Permanente de Educação e Desporto da Câmara Municipal, composta pelos vereadores José Chadid (presidente), Carla Stephanini (vice), Flávio César, Coringa e Herculano Borges. A Funesp, apesar de ser a principal entidade gestora do esporte em Campo Grande, não enviou representantes para a audiência.

A Fundesporte, pasta estadual, enviou representante e rebateu as críticas. Segundo Paulo Mansano, gerente de projetos da Fundação, é difícil atender todas as cidades do Estado, ainda mais quando se deve ser um rito para não cair em improbidade administrativa.

“Bolas, coletes, isso aí é feita uma licitação e dentro dessa licitação, quando acabar, acabou. Infelizmente, temos que atender o Estado todo, não é só Campo Grande”, argumentou.

O dirigente ainda aproveitou para, assim como Miltinho. “Não tem ninguém da Funesp, e poderia ter alguém aqui para responder o que acontece nesses campos de futebol abandonados, nos parques que acabaram, nos ginásios acabados, fechados, nas piscinas abandonadas lá da Moreninha, dá dó de ver aquilo. Não é só o futebol amador que está abandonado. As outras categorias estão abandonadas pela Prefeitura de Campo Grande”, disparou.

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