São Paulo (SP) - O catarinense Gustavo Kuerten ficou satisfeito, mas preferiu não levar ao pé da letra as declarações do fisioterapeuta Nilton Petrone, o Filé, sobre seu retorno às quadras. Esta semana, o especialista, que trabalhou com Guga durante sete meses, afirmou que o tenista pode voltar a figurar entre os Top 10 do circuito mundial.
O ex-número 1 do mundo prefere ser mais comedido nas expectativas. "O que ele quis dizer é que estou recuperado para tentar todas as minhas chances. Isso (ranking) quem sabe é Deus. Nem eu, nem ele, nem o Larri podemos dizer".
Para Guga, o fundamental no momento é voltar a fazer o que gosta e desfrutar disso. Às vésperas de estrear na etapa de Assunção da Copa Petrobras ele só pensa em conquistar uma coisa de cada vez.
"Agora quero chegar lá e jogar. Em termos de ranking, primeiro quero ficar entre os 100 melhores. Não vejo (o ranking) como uma obsessão. É como o sonho de criança que queria ser número 1. O importante é encontrar prazer na competição e estar competindo de maneira entusiasmada".
Atualmente, o catarinense ocupa a 1.137ª posição do ranking. Com 20 títulos de simples na carreira, incluindo três em Roland Garros, Guga participou de apenas dois torneios nesta temporada. Jogou em Costa do Sauípe, mas foi eliminado na estréia, mesmo resultado obtido na Copa Davis.
A decisão de jogar em Assunção pegou todo mundo de surpresa, da família à própria equipe que acompanha sua preparação. Mas a iniciativa enche o catarinense de satisfação. "Foi um planejamento de emergência. Demos uma crescida boa na última semana e esta era uma oportunidade boa. Estou contente por sair daqui competindo e fazendo o que mais gosto para enfrentar os adversários frente a frente e conseguir uma força maior", completa o tenista.
No Paraguai, ele estréia contra o austríaco Rainer Eitzinger, número 236 do ranking. Os dois nunca se enfrentaram antes em partidas válidas pela ATP. Guga também participará da chave de duplas, jogando ao lado do mineiro Marcelo Melo.