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Em mais uma 'pane', Brasil sofre primeira derrota na Copa do Mundo

ge.net - 7 de nov de 2007 às 10:33 195 Views 0 Comentários
Em mais uma 'pane', Brasil sofre primeira derrota na Copa do Mundo

Sendai (Japão) - Tinha tudo para ser uma vitória fácil da seleção brasileira feminina de vôlei. Embora tivesse pela frente a equipe dos Estados Unidos, invicta na Copa do Mundo, o time verde e amarelo deu show nos dois primeiros sets, encaixou bons saques, defendeu bem e atacou melhor ainda, apontando para um triunfo tranqüilo sobre as rivais.

Mas não. Em mais uma mostra de falta de confiança, o Brasil sofreu uma virada incrível das norte-americanas e amargou a sua primeira derrota da competição. Depois de 1h56 de atuação, os Estados Unidos aplicaram um resultado por 3 sets a 2 sobre as comandadas do técnico José Roberto Guimarães, com as parciais de 17/25, 16/25, 25/21, 25/23 e 15/9.

A derrota fez com que a equipe brasileira somasse apenas um ponto e caísse para a terceira colocação da tabela, com nove. O time foi ultrapassado pela Itália, que superou o Japão por 3 a 0 (25/18, 25/19 e 25/14) e retomou a liderança, e também pelas norte-americanas, também com dez pontos, mas atrás das européias no saldo de sets.

O grande nome do jogo foi a ponteiro norte-americana Tayyba Haneef-Park, que deu aula de ataques e deixou a quadra com 26 pontos, sendo 23 no fundamento. A segunda maior pontuadora dos Estados Unidos, para se ter uma idéia, foi a também ponta Logan Tom, autora de 12 acertos. A meio-de-rede Danielle Scott, do Finasa/Osasco, esteve em quadra durante muito pouco tempo e contribuiu com apenas um tento.

Pelo lado do Brasil, a maior pontuadora foi a oposto Sheilla, que marcou grande parte dos seus 21 tentos (17 em ataques) nos dois primeiros sets. A ponteiro Paula Pequeno, por sua vez, conseguiu 19 acertos, enquanto a meio-de-rede Fabiana contribuiu com outros 13.

Restando seis rodadas, as brasileiras precisam manter pelo menos o terceiro posto na classificação se quiserem garantir de forma antecipada à vaga para as Olimpíadas de Pequim-2008. Depois de folga na quinta-feira, todas as seleções voltam às quadras na sexta, para a disputa da terceira fase da competição. Na cidade de Kumamoto, à 1h35 (de Brasília), o Brasil enfrenta a Thailândia na abertura da etapa seguinte da competição. Na seqüência os Estados Unidos enfrentam a República Dominicana, com início marcado para as 4h05.

O jogo - Apesar de os Estados Unidos não terem perdido uma partida sequer ao longo da Copa, a técnica chinesa Lang Ping efetuou uma série de mudanças entre as titulares antes do confronto com o Brasil, inclusive sacando a experiente meio-de-rede titular Danielle Scott. Melhor para o time nacional, que, com um bom saque, dificultou o passe e forçou uma série de erros das norte-americanas.

O domínio brasileiro na cidade de Sendai ficou evidente desde os primeiros pontos da partida. Depois de abrir uma vantagem consistente no início do confronto, a seleção verde e amarela conseguiu conduzir confortavelmente a parcial para um final tranqüilo. Em rápidos 21 minutos de atuação, a equipe fechou o set inicial em 25/17.

A disputa seguinte foi ainda mais favorável ao Brasil. Com um saque bem colocado, as representantes nacionais quebraram o passe adversário e tiveram mais tranqüilidade no setor defensivo. Além disso, com a oposto Sheilla inspirada, o técnico Zé Roberto Guimarães viu suas comandadas obterem uma confortável diferença de pontos sobre os Estados Unidos. Antes de fechar a parcial em 25/16 em 24 minutos, o time ainda viu as norte-americanas salvarem dois set points e ganharem um pouco mais de confiança para a etapa seguinte.

Vitória anunciada? - Diferentemente do que havia acontecido nos sets anteriores, no terceiro os Estados Unidos dificultaram a vida para o Brasil, que passou a ter dificuldades para forçar o saque. Depois de ver as adversárias saírem na frente do placar nos pontos iniciais e manterem uma diferença de dois durante a primeira metade da parcial, a equipe verde e amarela conseguiu a virada apenas com 13/12.

Os Estados Unidos, porém, conseguiram se recuperar na disputa e voltar a ter a vantagem do placar. Ganhando motivação com os ralis ao longo do set, as representantes da América do Norte chegaram a ter 16/14 à frente, apesar da boa apresentação do sistema defensivo brasileiro, sobretudo com a líbero Fabi.

Reação - O ataque do Brasil acabou perdendo a força ao longo da disputa e deu a brecha que as norte-americanas precisavam para abrir quatro pontos de vantagem na reta final da parcial. Apesar dos 20/16 desfavoráveis, o time nacional esboçou uma reação e diminuiu a diferença para um ponto, mas voltou a cometer erros e viu as rivais fecharem a disputa por 25/21.

Embaladas, as norte-americanas atropelaram as brasileiras no início quarto set. Depois de conseguir os três primeiros pontos da parcial, os Estados Unidos se mantiveram à frente do placar e chegaram a ter seis pontos de vantagem confortável durante a disputa. Mais uma vez o Brasil ameaçou uma recuperação, mas acabou sendo derrotado por 25/23.

O fator psicológico pesou no tie-break. À frente desde o primeiro ponto, a seleção dos Estados Unidos acertou a marcação e conseguiu parar os ataques brasileiros com um bloqueio muito consistente. Desta forma, não foi difícil abrir 7/2 no set de desempate. A superioridade norte-americana foi mantida até Sheilla errar um ataque sacramentar o triunfo norte-americano com 15/9.

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