Campo Grande (MS) - Uma torcida triste para a torcida, que ainda tem esperança na recuperação. Esse é o sentimento de quem acompanha o Operário-MS. Nessa semana, o clube perdeu mais uma batalha na Justiça. A notícia da perda do complexo poliesportivo foi recebida com tristeza pela torcida organizada.
"A gente fica abalado, desiludido, vendo coisas que só causam dor", diz Ricardo Arguelho Braga, presidente da organizada.
A área de mais de 50 mil metros quadrados foi a leilão para quitar dívidas trabalhistas. O imóvel foi arrematado pelo valor mínimo de R$ 720 mil. A empresa que deu o lance informou que pretende investir no ramo imobiliário.
O Operário recorreu à Justiça para tentar anular a transação. Segundo o presidente Toni Vieira, o clube aguarda a apreciação de um mandado de segurança impetrado na Justiça.
Essa não é a primeira derrota do clube por questões financeiras. Em 2003, o Operário perdeu a sede da avenida Bandeirantes em outra ação trabalhista. Aliás, vitórias expressivas o time não vê desde 1997, ano em que levantou a taça do campeonato sul-mato-grossense pela última vez.
Reconsquistar a sede não é o único desafio do clube. Além da disputa judicial, é preciso se livrar de dívidas que chegam a R$ 5 milhões, e que se arrastam há uma década. Toni acredita em uma volta por cima.
"O futebol hoje, na nossa realidade, não está atendendo às necessidades do clube de se manter vivo, ter lucro para pagar os débitos do passado e projetar um futuro bom".