Campo Grande (MS) - Representantes de cinco torcidas organizadas de Mato Grosso do Sul participaram na última semana, em Goiânia, de um seminário para discutir formas de prevenir a violência nos estádios. O encontro foi promovido pelo Ministério do Esporte e reuniu líderes de torcidas de todo o Centro-Oeste, além de membros do Ministério Público e autoridades em segurança pública.
Na opinião de Marlon Barbosa, presidente da Pavilhão 7, do Sete de Dourados, o problema da violência no futebol estadual não é tão grave como em outras regiões do país, onde há rixas entre grupos rivais e membros de facções criminosas infiltrados entre as organizadas. A Pavilhão 7 aponta que o policiamento nos estádios de Mato Grosso do Sul precisa ser intensificado.
- Aqui em nosso estado é tranquilo, o problema não é a confusão ou a briga entre organizadas, mas sim entre torcedores comuns. Isso acontece devido à falta de policiamento - avalia Marlon.
Kerginaldo Carvalho, diretor da Cen Loucura, torcida do Naviraiense, concorda que é preciso reforçar o número de policiais nos estádios durante jogos oficiais, e diz que as organizadas podem dar exemplo de civilidade e boa convivência, sem perder o espírito de rivalidade.
- Nossa torcida sempre procura se confraternizar com a torcida adversária antes dos jogos. Já fizemos festa para receber torcedores do Comercial, Águia Negra, Operário, e isso não atrapalha a rivalidade na hora da partida. É uma rivalidade sadia, uma questão de cultura - avalia o diretor.
Histórico
Em 2013, dois casos de violência nos estádios ganharam o noticiário e resultaram em punições aos clubes com torcedores envolvidos. O primeiro caso ocorreu em abril, durante as quartas de final da Série A estadual entre Ivinhema e Misto. Um torcedor ficou ferido, e o estádio Saraivão foi interditado. Já no dia 14 de novembro, na partida entre Operário-MS e Ubiratan pela segundona estadual, a briga entre torcedores não deixou feridos, mas o Galo perdeu mando de campo do Morenão e foi multado.