Naviraí (MS) - O confronto entre Naviraiense e Avaí era inédito, mas um jogador do time catarinense já havia enfrentado o conjunto do Mato Grosso do Sul. Marquinhos jogava pelo Santos, quando, em 2010, marcou no jogo de ida e no da volta. Aqueles dois gols foram há quatro anos, mas parece que o meia avaiano se lembrou de como era jogar bem contra o Jacaré do Conesul e decidiu para os visitantes - embalados no hexagonal do Catarinense -, que fizeram 4 a 1 e eliminaram a necessidade de ter o jogo de volta pela Copa do Brasil, diante de 687 pessoas no Virotão, em Naviraí.
A vitória catarinense começou a ser construída na primeira etapa, e logo no começo da partida. Aos 2 minutos, Cleber Santana completou jogada ensaiada de escanteio batido por Marquinhos, já manjada no Avaí, mas que voltou a dar certo na Copa do Brasil. O autor do passe para o gol que abriu o placar aumentou o marcador num golaço, aos 28, ao matar no peito e carimbar o gol adversário sem deixar a bola cair no chão. Na segunda etapa, outro meia, Diego Jardel, praticamente selou a vaga ao marcar, aos 30 minutos. Elsinho diminuniu para os donos da casa, mas Héber fechou a conta para os avaianos.
Com a vitória por mais de dois gols de vantagem, o time de Florianópolis elimina o jogo de volta e agora se concentra apenas nas rodadas finais do Catarinense. Na 2ª fase, o Leão pega o vencedor de Paragominas-PA e ASA-AL, que fazem o primeiro jogo quinta; a partida seria nesta quarta, mas foi adiada.
Cleber + Marquinhos = Avaí na frente
Já ter enfrentado o Naviraiense pelo Santos não foi o motivo para Marquinhos fazer o que fez logo a dois minutos de jogo no Virotão. A jogada ensaiada a partir de escanteio é realizada, e dá certo no Avaí, desde o ano passado. E ela voltou a funcionar mais uma vez, de novo com o camisa 10 do time catarinense, que rolou para o camisa 88 Cleber Santana bater firme no canto de Guilherme. O camisa 1 do Jacaré do Conesul voltou a trabalhar aos 14 minutos, ao parar chute de Tinga. Um minuto antes, Tiaguinho chegou pelo time da casa, mas sem vencer o arqueiro Diego.
Com mais poder ofensivo no meio-campo, o Leão da Ilha assustava com seus meias. Aos 16, foi Diego Jardel quem chegou. Ele invadiu a área, driblou um zagueiro e finalizou, mas para fora. A equipe do Mato Grosso do Sul até tentou dominar o jogo, mas a técnica avaiana falou mais alto. Aos 28, de pé em pé, o ataque do Avaí envolveu a zaga rival, com Roberto, que levantou para Marquinhos matar no peito e arrematar sem deixar a bola cair: 2 a 0 para o Leão, que encaminhava a classificação já na etapa inicial.
Jacaré desconta, dá pressão, mas cai
Com a equipe já modificada no primeiro tempo - Rafael Tufa entrou no lugar de Léo -, o time da casa voltou reforçado de outra forma para a etapa complementar: com mais vontade. E a vontade fez o Naviraiense quase descontar logo a cinco minutos, com o camisa 10 Keverson, o homem da bola parada, que cobrou falta com perigo, viu Diego espalmar e a bola pegar no travessão. A tentativa de bola parada não era a única arma do Jacaré, que ainda no início de jogo marcava a saída de bola do Leão. Aos poucos, porém, o time visitante do técnico Pingo equilibrou o duelo no meio-campo.
O time da casa apostava nos ataques rápidos, principalmente com Keverson e Tiaguinho. Aos 19, o camisa 7 chutou com muito perigo contra meta de Diego, balançou a rede e fez a torcida explodir, mas por poucos segundos, até todos perceberem que a bola havia tocado o barbante pelo lado de fora. Quase o mesmo fez Diego Jardel, aos 28, ao bater com perigo e tirar tinta da trave. Dois minutos após, porém, o meia não errou. Ele entrou com facilidade na área e bateu firme na saída do goleiro Guilherme. O terceiro tento avaiano seria para aliviar a situação. Mas Tiaguinho, o melhor homem em campo do Naviraiense, deixou sua marca para o time da casa aos 37 e fez a pressão aumentar, ainda mais que Pingo, técnico do Avaí, foi expulso. Nos minutos seguintes, porém, o Jacaré não fez o segundo por pouco. Aos 41, o zagueiro Renan Carioca perdeu o gol que faria os dois times voltarem a encontrar-se no dia 16. Isso se os visitantes não chegassem no contra-ataque, e, aos 46 minutos, garantissem o time azurra na próxima fase com Heber.