Cidade da Guatemala (Guatemala) - Invicta no Pré-Olímpico de boxe, com sete trunfos consecutivos, a equipe brasileira já pensa alto. "Se melhorar sua estrutura, o boxe brasileiro ficará entre os melhores do mundo, pois conta com pugilistas fortes fisicamente, e que sabem lutar", assinalou no sábado o treinador Juan Carlos Suárez, que acompanha a seleção na Guatemala.
"Quando o Brasil conseguir montar sua estrutura a partir da base, vai dar o que falar no boxe mundial", aposta Suárez, um guineano que se radicou no Brasil em 1995, após passar mais de uma década em Cuba, onde se aprofundou no esporte daquele país.
O preparador técnico da equipe brasileira destacou que "se os brasileiros conseguirem aprender um pouco de técnica, poderão bater de frente com as potências do boxe, já que são fortes fisicamente."
Até agora, o Brasil não tem nenhuma derrota na competição, assim como a Colômbia. O Pré-Olímpico concederá as últimas 23 vagas da América para os Jogos Olímpicos de Pequim.
No sábado, venceram Pedro Lima (69 kg), campeão pan-americano no Rio de Janeiro, Everton Lopes (60 kg), Paulo Carvalho (48 kg), o sul-mato-grossense Gleison Silva (mais de 91 kg) e Myke Carvalho (64 kg).
"Queremos classificar mais de seis homens para as Olimpíadas, para superar a cifra de Atenas-2004", aposta Suárez, que considera que os nove integrantes da seleção brasileira estão em "excelente forma". Até agora, o único classificado é Washington Silva (81 kg).
Vice-campeão no Rio 2007, Everton Lopes já tem duas vitórias no torneio e acredita que o "fogo" que a equipe tem mostrado no ringue "é fundamental" para alcançar essa meta.
Lopes, um canhoto de 19 anos de trocou as chuteiras de futebol pelas luvas de boxe logo aos 3 anos, avisou que viajou à Guatemala "pelo ouro", mas reconheceu que sua categoria reúne lutadores muito talentosos, e que a disputa não será nada fácil.