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Catarinense vence a competição feminina nos JUBs 2005

da redação - 20 de jun de 2005 às 14:42 286 Views 0 Comentários
Catarinense vence a competição feminina nos JUBs 2005

Campeã invicta do torneio feminino de xadrez das Olimpíadas Universitárias, que estão sendo disputadas em Recife, a catarinense Simone Nedel Pertile venceu as sete partidas da competição, que terminou neste domingo. Competindo contra outras dez universitárias de cinco estados diferentes. Com apenas 17 anos, Simone, que representa a UDESC, de Santa Catarina, concilia o curso de zootecnismo com o treinamento. Agora, o principal objetivo é disputar o Mundial Universitário, na Turquia, em 2006.

Simone gostou da experiência de disputar uma competição multi-esportiva. \"Estava disputando um Pan-americano, mas o meu técnico, Marco Antônio Barbosa, incentivou a minha presença aqui, nas Olimpíadas Universitárias. Além do mais acho muito interessante esse contato com atletas de outras modalidades. Geralmente os jogadores de xadrez ficam isolados. Aqui não\". revelou Simone, que pretende disputar as Olimpíadas Universitárias mais
vezes.

Para ela, que aprendeu a jogar com oito anos de idade, o xadrez é mais um daqueles ensinamentos passados de pai para filho. Os pais foram seus professores, e as outras duas irmãs, Rachel, de 20 anos, e Renata, de 22 também competem em alto nível. \"Rachel já foi duas vezes campeã brasileira e duas vezes campeã estadual\", explicou Simone, que mora em Chapecó. Vice-campeã brasileira em 2003 e 2004, ela é a atual campeã estadual universitária e também campeã na categoria sub-18.

O ídolo é o russo Gary Kasparov, tido como o maior enxadrista de todos os tempos. Mesmo à distancia, Simone acompanha a carreira do mestre.

Para explicar as virtudes de novos jogadores surgidos no sul do Brasil, o coordenador de xadrez da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBTU), Gino Genovesi exalta os trabalhos na base. \"Está sendo implantada uma política de desenvolvimento no setor escolar. É comum escolas que já oferecem o xadrez para os que pretendem melhorar nos fundamentos básicos. Isso acontece muito no sul do país\", lembrou Gino, que prevê o surgimento de jogadoras como Simone nos próximos anos.

Quanto à escolha da profissão, digamos que Simone teve uma pequena
influência da vida que seus avós levam na fazenda, tida por ela com o lugar ideal para aplicar o que aprender depois de formada.

As Olimpíadas Universitárias são realizadas em parceria entre o Ministério do Esporte, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Esporte de Recife.

Mestre
Antes mesmo de começar a disputa de xadrez das Olimpíadas Universitárias,que estão sendo disputadas em Recife, o nome de Giovanni Vescovi era apontado como principal candidato ao título. Campeão invicto na competição, que contou com 28 participantes e sete rodadas, Giovanni, aluno de Direito da UNIP, de São Paulo, é grande mestre, que corresponde a um faixa preta nas artes marciais. Aos 27 anos, o gaúcho que sempre morou em São Paulo é o número um do ranking sul-americano. Para ele, participar das Olimpíadas Universitárias é uma experiência gratificante. O mesmo deve acontecer entre seus oponentes, que antes do começo de cada rodada reverenciam sua presença entre os participantes. \"Gostaríamos de informar que o grande mestre Giovanni Vescovi está nos dando a honra de participar deste torneio\", anuncia a arbitragem, antes dos confrontos.

Torneios como as Olimpíadas Universitárias, que possibilitam o intercâmbio entre atletas de diferentes esportes categorias e modalidades são alguns dos estímulos que um esportista consagrado como ele encontra para participar desse tipo de competição.

\"Muitos jogadores de qualidade já participaram de competições universitárias como essa. É um incentivo a mais para quem joga xadrez competir cercado de outros esportes. Divulga o xadrez\", comentou Giovanni.

Com a mesma simplicidade com que enfrenta novos adversários, ele contou que já derrotou um de seus ídolos, o ex-campeão mundial, Anatoli Karpov, a quem venceu em São Paulo, em 2004. \"Também joguei contra o Gary Kasparov, mas perdi\", revelou resignado, citando como outro de seus ídolos, apontado como maior enxadrista de todos os tempos.

Assim como Karpov e Kasparov, ambos russos de nascimento, Giovanni apontou outros países como os mais importantes no mundo do xadrez: Polônia, Israel e EUA foram citados. No Torneio dos Grandes Mestres de Bermudas (Caribe), do qual ele é tricampeão (2002, 2003 e 2004), ele venceu todas as escolas
citadas.

Título é o que não falta no curriculum de Giovanni. São sete pan-americanos, 18 brasileiros, um mundial juvenil por equipes além de ter sido campeão continental.

Casado e pai de dois filhos, Vescovi tem outros três amantes do xadrez em casa. Em algumas competições ele leva a família. \"A minha esposa, Dayse, joga, mas não compete. E os meus filhos, Katherine, de seis anos e Giovanni Jr., de dois, gostam de ver e jogar. O caçula já até monta o tabuleiro\",
comentou.

Assim como ele, que começou a jogar competir com oito anos de idade, a família pode dar prosseguimento à história de conquistas de Giovanni.

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