Campo Grande (MS) - Após ser rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Sul-mato-grossense de Futebol, o Operário Futebol Clube, time mais tradicional do Estado, protocolou uma ação no Tribunal de Justiça Desportiva na última segunda-feira, dia 20, pedindo a punição do Rio Verde com a perda de até 36 pontos por causa da escalação irregular de dois atletas na partida contra o Itaporã, válida pela 13ª rodada do Estadual.
"Nós só estamos buscando um direito nosso", afirmou o presidente do Galo, Antônio Vieira, ao Esporte Ágil. Segundo ele, este ano "o Campeonato Estadual foi jogado fora de campo". "As prefeituras do Interior jogaram contra os times da Capital", disse, evidenciando o apoio que as equipes fora de Campo Grande recebem das prefeituras.
Caso consiga provar na justiça que o Rio Verde foi contra o regulamento da competição, o Operário escapa da queda e empurra a equipe do norte do Estado para a segundona.
Questionado sobre o motivo da demora em questionar a escalação dos atletas, Tony, como é conhecido, foi claro: "Só reclamamos agora pois só agora nos sentimos prejudicados", explicou o dirigente. "E tem muito time por aí com mais irregularidades", denuncia.
Vieira também rechaça qualquer reclamação de torcedores que dizem que a imagem do Operário pode sair manchada neste episódio. "Quem diz isso, não torce para o Operário. A imagem do Operário está suja a mais de 20 anos", dispara. Ele ainda fez questão de explicar o "motivo" da queda para a segunda divisão.
"Se o time não ganha dentro de campo, é porque não tem apoio financeiro", diz. "Ano passado fizemos todo um planejamento em cima da promessa de ajuda da Prefeitura. Isso não foi cumprido, e o Operário disputou este Estadual com 0% de receita, apenas com a ajuda de colaboradores", concluiu.