Bergisch Gladbah (Alemanha) - Depois de assegurar que não há clima de revanche (pelo menos de sua parte) para o reencontro contra a França em Copas do Mundo, o capitão Cafu, um dos remanescentes da derrota na final do Mundial de 1998, tratou de tirar o peso das costas daqueles que participaram da fatídica decisão.
"Eu acho que o peso para quem jogou em 98 vai ser o mesmo para quem está jogando pela primeira vez. O fato de perder um jogo em uma Copa é que pesa, independentemente de ser para a França ou não. Perder é sempre ruim, seja qual for o adversário", discursou o camisa dois, que foi titular naquela partida, ao lado de Ronaldo e Roberto Carlos.
O fato de ostentar a tarja de capitão e de ter levantado a taça de campeão no Mundial de 2002 também não aumenta sua responsabilidade. "Como capitão, eu tento passar tranqüilidade para os meninos, mas ninguém é tão menino assim na seleção", sorriu.
Na opinão de Cafu, cada um dos 23 convocados têm a mesma obrigação quando o Brasil está em campo. "Todos têm responsabilidades, já foram campeõess pelos seus clubes e sabem da responsabilidade de jogar uma Copa do Mundo", argumentou.
Ao analisar o próximo adversário canarinho, o camisa dois evitou falar em favoritismo para qualquer uma das partes, e sintetizou em poucas palavras qual das duas seleções é verdadeiramente a melhor.
"Todos falaram que Espanha, República Tcheca e Gana eram favoritas, mas elas já foram embora. Como brasileiro, eu digo que a nossa seleção é melhor, mas se você perguntar a um francês ele dirá que é a deles. A melhor só se define em campo", finalizou o jogador.