A principal pontuadora do Brasil e da partida foi a oposto Sheilla, que derrubou 21 bolas na quadra adversária - uma a mais do que a cubana Yumilka Ruiz. Paula Pequeno somou mais 16 pontos, enquanto Jaqueline marcou 15. A cubana Kenia Carcaces também marcou 16, com Yanelis Santos anotando outros 15.
As tradicionais rivais caribenhas iniciaram o jogo de maneira discreta, permitindo que o Brasil abrisse 9/4 no primeiro set e passasse a impressão de que poderia dominar o confronto. Ledo engano: as comandadas de António Perdomo logo se aproveitaram de dois erros de Jaqueline para virarem o placar para 12/11, o que forçou José Roberto Guimarães a pedir um tempo técnico. No retorno, o Brasil voltou mais equilibrado, e conseguiu retomar a frente com Jaqueline, que colocou 20/18 com uma cortada precisa. Abatidas, as cubanas não reagiram mais na parcial.
A reação veio apenas no set seguinte, quando Cuba manteve o equilíbrio durante toda a queda. O Brasil não conseguiu se aproveitar dos poucos erros das adversárias e permitiu uma vantagem cubana de 17/14. Ainda houve tentativas de buscar o resultado, mas o entrosamento de Zoila Barros, Nancy Carrillo e Yumilka Ruiz acabou empatando o confronto.
As duas seleções voltaram dispostas a tomar a frente no terceiro set, o melhor do confronto. Jaqueline novamente inspirada era responsável pelos ataques do Brasil, mas Daimi Ramirez respondia para o lado das campeãs pan-americanas. Com direito a uma defesa sensacional de Fabi, que se jogou nas placas de publicidade para devolver a bola, as brasileiras empataram em 7/7 o marcador. Com dois erros de Carcaces, as sul-americanas ainda abriram 17/10, o que permitiu uma administração da vantagem e o 2 sets a 1 no jogo.
Mas as cubanas, sempre elas, decidiram novamente dificultar as coisas no quarto set. Com uma atuação impecável nos bloqueios, a seleção centro-americana parou Jaqueline, Fabiana e Paula Pequeno em pelo menos cinco oportunidades. Dominante, Cuba conseguiu garantir o tie-break com um ponto decisivo de Zoila Barros.
O confronto, é claro, começou equilibrado, com Yumilka Ruiz novamente conseguindo evitar que o Brasil abrisse vantagem. Porém, os esforços da cubana foram poucos perto dos ataques de Paula Pequeno, dos dois aces de Jaqueline e dos bloqueios de Walewska, que colocaram a equipe amarela em vantagem de cinco pontos. Carrillo desperdiçou seu saque e deu um match point para o Brasil, devidamente convertido por um leve toque da camisa 12 Jaqueline.
O resultado apertado manteve o Brasil invicto, mas acabou custando a primeira colocação na classificação geral da Copa do Mundo, já que a Itália venceu a Coréia por 3 sets a 0 e levou a melhor no critério de saques perdidos. As cubanas, que já haviam sido derrotadas pelos EUA, são apenas as sextas colocadas, com uma vitória em três jogos e quatro pontos.
A partida ainda encerrou a participação do Brasil na primeira fase da competição, que classifica as três melhores seleções para as Olimpíadas de Pequim. Na terça-feira, a equipe troca a cidade de Hamamatsu pela de Sendai, também no Japão, onde enfrenta o Peru. No dia seguinte, o confronto é contra as norte-americanas.
Outros resultados - Pelo Grupo B, o mesmo de Brasil e Cuba, as norte-americanas confirmaram seu favoritismo e venceram a Polônia por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 12/25, 27/25 e 25/17. O resultado colocou a equipe dos EUA no quarto lugar da classificação geral, com três vitórias em três jogos, enquanto as polonesas são apenas as sétimas, com duas derrotas.
Por fim, as quenianas voltaram a demonstrar fragilidade e foram derrotadas por 3 sets a 0 para o Peru. As parciais de 25/16, 25/9 e 25/19 deram às peruanas o oitavo lugar e a primeira vitória, enquanto o Quênia segue como última colocada dentre as 12 seleções que disputam o torneio.