Vencer ou vencer. Este é o lema da Seleção Brasileira feminina de vôlei na partida de amanhã no Grand Prix. Depois de sofrer ontem a primeira derrota na competição para Cuba por 3 sets a 2, o Brasil terá pela frente a Alemanha, a partir das 11 horas (de MS), no ginásio Palapentimele, na cidade de Reggio Calabria, na Itália, com transmissão ao vivo do canal Sportv, em partida válida pela terceira rodada do grupo B. Com uma vitória, a equipe dirigida pelo técnico José Roberto Guimarães praticamente garantirá presença nas semifinais. A derrota para as cubanas serviu de lição para o Brasil. Na manhã desta quinta-feira, todo o time se reuniu para analisar os números do jogo contra Cuba e, com isso, verificar os erros e buscar uma solução para os mesmos. "Uma derrota como a de ontem (quarta-feira) é sempre muito dura. Espero que o time aprenda com as falhas e que o resultado negativo sirva de lição", diz o técnico Zé Roberto. Para o treinador, a derrota também serviu para mostrar o equilíbrio entre as forças da atualidade do voleibol mundial. "Vimos que não existem favoritos. Não podemos dizer que um time é invencível e que já é quase certo deste ganhar a medalha de ouro em Atenas. A Itália também estreou com perdendo. Jogando em casa, não teve uma boa atuação e foi derrotada pela China. Agora, não podemos ficar vivendo o clima de derrota para Cuba o tempo todo. O momento já é de pensar no próximo adversário: a Alemanha. Temos que treinar e buscar uma correção para os nossos erros", ressalta Zé Roberto. Com as lições aprendidas, todas as atenções da equipe já estão voltadas para um único alvo. Na partida que decidirá o futuro do Brasil na competição, a equipe terá do outro lado da quadra um adversário já conhecido. Brasileiras e alemãs se enfrentaram na primeira etapa da competição. Em Miao Li, Taiwan, Fernanda Venturini, Virna, Érika e cia venceram as européias por 3 sets a 1 (17/25, 25/13, 25/09 e 25/18).
Depois deste encontro, as brasileiras tiveram uma série de vitórias, terminaram a fase classificatória de forma invicta e garantiram a classificação para as finais com três rodadas de antecipação. Já as alemãs tiveram mais dificuldades, terminaram a etapa inicial na sexta colocação e só asseguraram a última vaga para as finais na última rodada. Na terceira etapa, jogando em casa, na cidade de Rostock, a Alemanha venceu três jogos importantes. Primeiro contra a Tailândia, por 3 sets a 1, e depois contra Rússia e Estados Unidos, ambos por 3 a 2. Com estes resultados, eliminou a equipe russa da fase final do Grand Prix. Prontas para a batalha, as brasileiras tiveram a oportunidade de assistir ao jogo das alemãs contra as cubanas, nesta quinta-feira, para conhecer ainda mais as rivais. A média de altura das européias chama atenção de todos. A Alemanha é a seleção com maior média entre as seis finalistas: 1,86m. Na segunda colocação aparece Cuba, com 1,84m. O Brasil tem uma média de 1,82m.
"É um time alto e com um bom bloqueio. No entanto, as alemãs ainda pecam um pouco na defesa. Além disso, é uma equipe que tem jogadoras com uma boa leitura de jogo. Será um confronto muito difícil. A Alemanha ganhou de adversários importantes na fase classificatória, como Rússia e Estados Unidos e, assim como todas as equipes que estão aqui nestas finais, está se preparando intensamente para os Jogos Olímpicos", avalia Zé Roberto. Para o treinador, o caminho da vitória será não repetir as mesmas falhas do jogo contra Cuba. "Nosso time precisa se preocupar muito com a boa eficiência de dois fundamentos: o saque e a recepção. Além disso, temos que ter excelente rendimento no contra-ataque. Precisamos melhorar a nossa performance neste ponto. Não adianta só defendermos. Temos que defender bem e ter um contra-ataque de qualidade e muito mais efetivo", observa. A equipe titular não deverá sofrer modificações para a partida. O Brasil deverá começar jogando com a seguinte formação: Fernanda, Mari, Virna, Érika, Valeskinha e Fabiana. Líbero: Arlene. De acordo com o treinador, o momento da equipe é aperfeiçoar ainda mais o entrosamento do grupo. Depois da partida do Brasil, a Itália também buscará sua classificação e enfrentará os Estados Unidos, a partir das 14h. Nesta fase final, as seis seleções classificadas estão divididas em duas chaves. O Brasil está no grupo B, ao lado de Cuba e Alemanha. No outro, estão: Itália, China e Estados Unidos. Nesta etapa decisiva, todas as equipes jogarão todas contra todas dentro de seus respectivos grupos e as duas mais colocadas de cada chave passam as semifinais, cujos vencedores disputarão o título do Grand Prix.