Isso porque dependendo do resultado do confronto entre Lituânia e Espanha, a partir das 12h (MS), a seleção está em vantagem ou desvantagem no critério de desempate com estas duas equipes. Se as lituanas vencerem ficam empatadas com o Brasil, que ganhou o confronto direto e, portanto, termina em segundo. No caso espanhol a situação é inversa.
Em qualquer uma das situações, o páreo será complicado. Isso porque os adversários das quartas devem ser França ou República Tcheca. A primeira surpreendeu as tchecas, atuais campeãs européias, na estréia da primeira fase.
Mas os problemas brasileiros não param aí. Na semifinal, ou o time do técnico Antonio Carlos Barbosa reencontra a Austrália ou tem pela frente os Estados Unidos. As duas seleções são as únicas invictas no torneio.
Outras combinações de resultados são ainda mais desfavoráveis ao Brasil. Se o time se deixar surpreender pelas canadenses, até agora com uma única vitória, podem ficar em quarto no grupo (isso se as espanholas também perderem) o que anteciparia o confronto brasileiro com os Estados Unidos já para as quartas-de-final.
O ápice da combinação desfavorável seria uma derrota para o Canadá combinada com vitória lituana e zebra da Argentina acabando com a invencibilidade australiana. Se tudo isso acontecer, o Brasil fica em quinto no grupo e não chega aos mata-matas.
Mas o histórico recente brasileiro contra as canadenses é motivador. Em cinco jogos na fase de preparação, o time de Barbosa ganhou todos, mesmo sem estar completo. Nem por isso, a seleção espera facilidade em quadra. "Só porque ganhamos não quer dizer que elas vão facilitar para nós", alerta Janeth.
A pivô Êga concorda. "A gente não vai menosprezar o Canadá. A única coisa em que a gente não pode pecar é entrar achando que já ganhou", lembra.
As canadenses estão conscientes de sua desvantagem e mesmo antes de entrar em quadra assumem um discurso de azarão. "Não acho meu time preparado para ganhar do Brasil. Mas ainda assim vamos entrar motivadas porque esta é a única maneira de disputar o Mundial", diz a técnica Allison McNeil. "Jogamos contra o Brasil cinco vezes e perdemos todas, mas tenho que tentar encontrar algo para reverter isso".