Campo Grande (MS) - A bola escolhida para o Campeonato Sul-Mato-Grossense lembra o modelo usado na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, a Jabulani. A semelhança chega até ao nome: a bola daqui foi apelidada de Jabunal, a Jabulani do Pantanal.
Para o preparador de goleiros do Comercial, Wanderley Filho, a bola tem características que a diferencia das demais usadas pelo Brasil.
"Nos meus 32 anos, é a primeira bola que eu vejo que a calibragem é 9, geralmente usam 12. Ela é muito pesada e muda a trajetória com facilidade, pega muito efeito".
De acordo com o preparador, a bola não agradou aos goleiros do elenco colorado, mas pode ser uma arma para os cobradores de falta.
Para o goleiro Stive, apanhar a redonda será mais difícil.
"Ela é muito lisa, varia muito na trajetória. Se não colocar o corpo atrás para defender, complica. O peso também é bem diferente das outras, ninguém aqui no clube gosta" , afirma o goleiro.
Para o volante Dubinha, que costuma bater forte na bola, a redonda não é tão problemática como os colegas dizem.
"Não vejo muita diferença das outras, não. Os goleiros é que ficam dando desculpa para quando frangarem, aí colocam a culpa na bola" , brinca o volante.
Já o meia Jean Carlo, um dos batedores de falta do Colorado, confirma a versão e as reclamações dos goleiros.
"A bola não é a ideal, poderia ser melhor. De acordo com o tempo ela vai deformando, o peso também atrapalha, assim como o efeito, que ela pega muito fácil".