Influenciado pelo irmão mais velho, Diego Moura iniciou no handebol aos 10 anos, ainda no ensino fundamental. Jogou até 2012 e, depois de um período afastado, retornou em 2019 durante a faculdade. “Entrei por influência do meu irmão com 10 anos de idade, em 2008 ainda no ensino fundamental da escola e joguei até 2012. Fui retornar a jogar somente em 2019 na faculdade.”
Hoje, Diego atua nas duas versões do esporte: a tradicional, de quadra, e o handebol de praia. Apesar das semelhanças, ele sente bem as diferenças entre as modalidades. “O beach hand exige muito mais aptidão física... são 2 tempos de 10 minutos, então você sempre tem de estar ligado nas trocas e não pode medir esforços.” Na quadra, o ritmo é diferente. “O jogo acaba sendo mais lento, principalmente pelo fato de termos mais jogadores do que na areia.”
Para dar conta das exigências físicas, Diego adapta sua rotina de treinos conforme o calendário de competições. “Meus treinamentos são sempre priorizando as fibras de resistência dos músculos… Se for praticar areia, o essencial é começar um treinamento pelo menos 6 meses antes da competição.”
A paixão pelo handebol de praia surgiu em 2022, durante os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), no Ceará. “De cara me apaixonei pela modalidade... gosto mais de jogar o beach do que quadra. A modalidade é feita para dar um espetáculo ao público.”
Os JUBs também representam os momentos mais marcantes da sua trajetória. “Com certeza os JUBs foram mais marcantes pra mim, pelo fato de trazer as premiações para nosso estado.”
Mesmo com os desafios, Diego segue firme na missão de fortalecer o esporte em Mato Grosso do Sul. Ele integra a equipe E.C. Máquinas Handebol, que se prepara para a Taça Centro-Oeste, em Brasília. “O handebol de quadra caminha lentamente, mas caminha para evoluir... Já a modalidade de areia é bem menos movimentada, o que é curioso porque sempre que há competições temos vários participantes e excelentes jogadores.”
Com 1,75m, Diego revela que sonhou com uma carreira internacional, mas que as exigências físicas pesaram. “Já foi um sonho, lógico, porém a falta de estatura dificulta muito esse acontecimento. Até mesmo aqui no Brasil é difícil ser um pivô com 1,75m.”
Sua inspiração vem de fora da posição em que joga. “Meu ídolo é um jogador que nem é da minha posição, é um jogador já aposentado que foi capitão da seleção alemã de handebol, se chama Uwe Gensheimer... Me inspiro muito nisso para ter uma gama de variações nos meus arremessos.”
Para Diego, o esporte é também uma ferramenta de inclusão. “O handebol pode ser uma ferramenta para a continuação dos estudos de um atleta... O esporte acaba se tornando uma ferramenta de educação, inclusão e transformação, digo por experiência própria.”
Agora, ele mira novos desafios. “Meu próximo objetivo é ser campeão brasileiro de clubes com o Máquinas, mas para isso preciso continuar treinando muito e em constante evolução.”