Após sétimo lugar no mundial jogadoras brasileiras são elogiadas

divulgação - 21 de dez de 2005 às 14:50 322 Views 0 Comentários
Após sétimo lugar no mundial jogadoras brasileiras são elogiadas

Depois de deixar a Rússia com a sétima colocação do Campeonato Mundial na bagagem, as jogadoras e comissão técnica da Seleção Brasileira já conseguem assimilar o que representa estar entre as melhores do mundo, a principal colocação do Brasil em todos os tempos. Das 16 jogadoras da delegação brasileira, sete chegaram ao Brasil na manhã de segunda-feira, já que as demais atuam na Europa e seguiram direto aos seus destinos.

Uma das mais conscientes é a armadora Fabiana Kuestner, do Adeblu/Furb, que não esquece o feito histórico obtido na Rússia. "Não dá para parar de pensar em tudo que aconteceu. Chegamos no Brasil e todos vieram nos parabenizar pelo que conseguimos, isso é muito bom, saber que de alguma forma pudemos valorizar a modalidade", disse a jogadora.

Fabiana disse que o Brasil conseguiu empregar as suas principais qualidades e por isso o resultado aconteceu. "No mundial usamos aquilo que temos de melhor que é a defesa forte e o contra-ataque em velocidade. Outro fator determinante foi a união do grupo, nunca vi coisa igual, todas as jogadoras conversavam muito durante os jogos. E, também, uma tentando corrigir as falhas da outra e todas com o único objetivo de defender o Brasil da melhor forma possível", disse.

Mesmo com a campanha brilhante, Fabiana ainda afirma que poderia ter ido mais além se o Brasil não fosse prejudicado pela arbitragem. "Apesar de estarmos bem na competição, sentimos a arbitragem com uma certa tendência a favor das equipes européias. Teve até um momento que ficou gravado na minha memória que foi quando o Juan disse para um arbitro que ele não estava pedindo nada, mas que exigia respeito com o Brasil. Particularmente aquilo mexeu comigo e passamos a conversar muito sobre isso. Creio que os erros contra nossa equipe passaram a ser um fator motivante".

Outra jogadora que está muito feliz com o sucesso brasileiro na Rússia é a pivô Daniela Piedade, que defende o Hypo Nõe, da Áustria, país que o Brasil eliminou na primeira fase. "Antes de viajar para o mundial a imprensa aqui dizia que seria muito complicado para a Áustria e para o Brasil passar da primeira fase. Com a nossa vitória sobre elas e a nossa classificação, ficaram todos de boca aberta e não param de nos elogiar", disse a jogadora que já está na Áustria e passa a impressão dos europeus com o resultado brasileiro. "Todos aqui estão surpresos com o nosso resultado. Dizem que o que conseguimos é resultado da soma de um trabalho de qualidade com garra e vontade. Cada dia recebo parabéns pela sétima posição e não tenho dúvidas que isso abrirá muitas portas para as outras brasileiras na Europa", disse a jogadora.

Para Daniela, o comando do técnico espanhol Juan Oliver Coronado tem uma contribuição enorme no atual momento da seleção. "Conseguimos manter o ritmo em boa parte do mundial, isso antes não era possível. Não mudou apenas na parte tática, mas também no emocional. Ele deixou a equipe com mais confiança, tratando as jogadoras como profissionais e adultas, cada uma com a sua responsabilidade. O grupo se uniu e o resultado todos conhecem", concluiu.

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