São Paulo (SP) - O fato de entre os 11 pugilistas brasileiros em ação no primeiro Pré-olímpico das Américas apenas um retornar de Trinidad e Tobago com vaga para os Jogos de Pequim-2008 não desanimou o técnico João Carlos Soares, da seleção brasileira.
Mesmo após ver as eliminações de cinco dos seis boxeadores nacionais nas semifinais de segunda-feira, e a qualificação apenas de Washington Silva (mas por este ter obtido o bronze na categoria meio-pesado), o treinador guineense apontou que é obrigação voltar da Guatemala em abril com alguns passaportes carimbados para a China.
Como apenas uma vaga foi obtida em Trinidad e Tobago, nove das 11 categorias viajarão no próximo mês para a disputa do evento guatemalteco, o segundo - e último - Pré-olímpico de boxe do continente americano. Apenas o peso galo, que conta com James Dean Pereira, não tem mais chances de ir às Olimpíadas em agosto.
"Infeliz e lamentavelmente, não conseguimos o desempenho esperado em Trinidad", lamentou Soares, em entrevista à reportagem da Gazeta Esportiva.Net. "Agora, teremos que nos classificar na Guatemala, pois caso contrário vai ficar feio para a gente", emendou o treinador nascido na Guiné-Bissau e que não pôde viajar para o Caribe com a seleção brasileira por causa de problemas com o visto.
Soares, contudo, acredita que é possível o Brasil pelo menos repetir a delegação recorde enviada para os Jogos de Sydney-2000, com seis pugilistas. "Nossa meta é igualar ou superar o que conseguimos na Austrália. É uma pena que a maioria não se classificou agora, porque poderia ganhar um descanso merecido e receberia outro treinamento, já para Pequim. Mas vamos esperar e ver".
Apesar do desempenho abaixo do esperado, Soares apontou algumas derrotas dos brasileiros por azar. "Chegamos até as semis em seis categorias e ganhamos muitos bronzes, mas infelizmente ninguém passou para a final. Mas o Rafael Lima (pesado) poderia ter ganhado a luta, assim como o (galo) James Dean", analisou.
Na Guatemala, agora, o objetivo é apenas um de acordo com o africano. "Precisamos ganhar, ganhar e ganhar. Para irmos para Pequim, precisamos ganhar", apontou o técnico, que desta vez viajará para acompanhar a delegação brasileira. "Vou pessoalmente para a lá. Já liguei para o consulado da Guatemala, fui informado dos documentos necessários e não haverá problemas", garantiu.