Belo Horizonte (MG) - O acidente no qual se envolveu o meia-atacante sul-mato-grossense Danilinho, do Atlético-MG, na madrugada de terça-feira, deve ter desdobramentos. O delegado titular da Delegacia de Santa Luzia, Islande Batista, declarou que será instaurado um inquérito para investigar a batida do carro do jogador atleticano com uma Brasília, em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na ocasião, o carro do jogador também derrubou um poste e uma árvore.
O que deixou o delegado desconfiado foi a ocorrência policial. Danilinho deixou o local da batida e não foi responsabilizado pelo acidente no boletim de ocorrência. O nome que consta no documento é de Marcelo Pontes Roberto, 28 anos. O jogador atleticano já admitiu que estava na direção do veículo no momento no acidente. Por isso, segundo Islande Batista, ele deveria ter assumido a responsabilidade pelo acidente. Como não o fez, o jogador pode responder por crime de falsidade ideológica.
"Em princípio a PM teria lavrado a ocorrência no nome do Marcelo, mas, como o Danilo admitiu que estava dirigindo, de forma nenhuma poderia outra pessoa assumir por ele. Isso caracteriza até crime. Se ficar constatado essa mudança, caracteriza falsidade ideológica. O PM que estiver envolvido também responde. Estamos investigando", declarou o delegado.
Batista confirmou que Danilinho estava sozinho no carro, mas também falou da presença do atacante Vanderlei. Segundo ele, Vanderlei chegou ao local depois com outros dois amigos do meia, em outro veículo, para prestar apoio. Todos estariam comendo uma feijoada momentos antes da batida. A assessoria de Vanderlei diz que o jogador esteve no local apenas para prestar assistência. Ele não quis se pronunciar.
Quanto ao dono da Brasília, o prejuízo já foi recuperado. Segundo o delegado, Danilinho pagou R$ 3 mil pelo prejuízo com o veículo. Resta a Danilinho, que recebeu punição administrativa no Atlético, tentar driblar as punições judiciais que ainda podem vir pela frente.