Chicago (EUA) - Dos últimos seis gols da seleção, Ronaldinho Gaúcho teve participação em cinco deles. Marcou dois e deu três assistências. Ótimo sinal para um jogador que se apresentou à equipe em Chicago sem saber se continuaria na reserva.
Apesar do rendimento decisivo nos últimos dois amistosos, o técnico Dunga procura se esquivar de mostrar qualquer sinal de empolgação diante da produção do astro do Barcelona. O treinador evitou elogios diretos ao atleta após a vitória por 4 a 2 em cima dos Estados Unidos e procurou generalizar suas declarações.
"A gente sabe da qualidade dele, mas não podemos depender apenas de sua movimentação. Todo mundo tem de procurar espaço e dar opções. Não só ele, mas Robinho, Kaká, Júlio Baptista e todos. A equipe tem de mover harmonicamente e não esperar que um jogador resolva tudo sozinho", afirmou.
Foi uma atuação destacada. Mas Dunga afirma que já viu o meia render dessa maneira. "O Ronaldo teve outros jogos importantes, contra o próprio Chile [vitória de 4 a 0 em março] e também entrou bem contra o Equador [vitória de 2 a 1, no ano passado]. Ele vem crescendo."
Ronaldinho buscou jogo contra os norte-americanos. Embora tenha errado alguns passes e desperdiçado posses de bola em tentativas de drible no início do confronto, ele se mostrou participativo na criação ofensiva e subiu de produção no decorrer da partida.
De acordo com o treinador, essa é uma de suas orientações para que ele possa contribuir mais para a seleção. "Ele sabe que tem de ser um homem que chama a bola para si. Nós conversamos sobre isso. No Barcelona, tem o Deco puxando bastante o jogo. Aqui ele tem de dividir com o Robinho e o Kaká essa missão."