Mundial sem cubanos é primeira tentativa de lutadores para Pequim

ge.net - 23 de out de 2007 às 16:42 173 Views 0 Comentários
Mundial sem cubanos é primeira tentativa de lutadores para Pequim

São Paulo (SP) - Entre esta terça-feira, 23 de outubro, e o próximo dia 3 de novembro, as atenções da nobre arte mundial estarão todas voltadas para a Chicago. A "Cidade dos Ventos" é sede do Campeonato Mundial masculino de boxe, que definirá muito mais do que os mais importantes títulos amadores dos ringues.

O Mundial apontará também as primeiras 80 vagas das 11 categorias para a competição da modalidade nos Jogos Olímpicos de Pequim. Ao todo, os oito melhores boxeadores de cada um dos pesos - com exceção do pesado e superpesado que são quatro - carimbam o passaporte para as Olimpíadas de 2008, mas ainda haverá a possibilidade de assegurar presença na capital chinesa por meio de torneios pré-olímpicos continentais no ano que vem.

Segundo dados da Associação Internacional de Boxe, a Aiba, o Mundial conta com 623 atletas pré-inscritos para representarem 114 países. As inscrições não foram 100% confirmadas, mas o evento norte-americano poderá ser o maior de todos os tempos em caso de presença integral.

E se o número de competidores impressiona pela grandiosidade, um desfalque promete ser bastante sentido entre as delegações. Fidel Castro, presidente licenciado de Cuba, proibiu a participação dos pugilistas de seu país em eventos internacionais, temendo a abordagem de empresários que buscam atletas amadores para profissionalizá-los na Europa.

Além de ver seus talentos virarem profissionais na Alemanha, Cuba ainda poderia ter representantes desertando e pedindo asilo político nos EUA - como aconteceu com Guillermo Rigondeaux e Erislándy Lara nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, em julho. Pelo sim, pelo não, os atuais campeões mundiais por equipe optaram por ficar em casa.

Mesmo assim, o Campeonato Mundial ainda contará com diversos países candidatos a brigar por títulos, medalhas e vagas. Os EUA abrem a lista, pela tradição e por competirem em casa, mas países como Rússia, Cazaquistão, China, Azerbaijão, Coréia do Sul, Ucrânia, Belarus e Alemanha não podem ser descartados. O Brasil também está na briga, mas não figura entre as principais forças desta 14ª edição do torneio.

O país enviará oito pugilistas ao evento, além de três treinadores (João Carlos Barros, Luiz Carlos Dórea e Otílio Toledo), um médico (Bernardino Santi), um árbitro (Mauro Silva, eleito o melhor do Pan) e um chefe de equipe (Rubens Costa). Os brasileiros só não terão chances de obter vagas nos pesos mosca-ligeiro (até 48 kg), mosca (até 51 kg) e médio (até 75 kg), nos quais não terão representantes.

A equipe do Brasil é formada pelo galo (até 54 kg) James Dean Pereira, pelo pena (até 57 kg) Davi Souza, pelo leve (até 60 kg) Everton Lopes, pelo meio-médio-ligeiro (até 64 kg) Myke Carvalho, pelo meio-médio (até 69 kg) Pedro Lima, pelo meio-pesado (até 81 kg) Washington Silva, pelo pesado (até 91 kg) Rafael Lima e pelo superpesado (mais de 91 kg) Gidelson Oliveira. De todos, apenas o último não foi ao Pan, quando Rogério Nogueiro representou o país na categoria.

O bom desempenho do Pan, com um ouro, uma prata e seis bronzes, foi o primeiro passo do país do treinamento para o Mundial, que continuou nos últimos dois meses com treinos em Santo André, práticas contra seleções municipais, modelagem competitiva e controle de peso. Tudo para, segundo o próprio Otílio Toledo, tentar um pouco de sorte nas chaves e brigar por vagas.

Sorte que será definida nesta terça-feira, quando acontecem o congresso técnico, a pesagem oficial e os sorteios da chave do Mundial. A primeira rodada acontece no mesmo dia, a partir das 18 horas (horário de Brasília), com a possibilidade de duas rodadas diárias e o possível uso de dois ringues ao mesmo tempo por conta do grande número de inscrições.

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