Juiz de Fora (MG) - Cerca de 600 índios de 23 etnias e oitos estados brasileiros disputam, de 18 a 21 de janeiro, em Juiz de Fora (MG), a 1ª Taça das Nações Indígenas de Futebol. O evento será realizado pelo Ministério do Esporte, com a parceria do Instituto Cidade e com apoio da Universidade Federal e da prefeitura de Juiz de Fora, do Conselho Intertribal e do Exército Brasileiro. Serão destinados cerca de R$ 418 mil, sendo R$ 44 mil referentes à contrapartida do Instituto Cidade.
A competição não irá se limitar à prática esportiva. Além do futebol de campo, os indígenas vão trocar informações, conhecimentos e terão contato com moradores da região mineira. Após as partidas, haverá apresentações de dança e artesanato. São esperadas aproximadamente duas mil pessoas em cada dia da Taça das Nações.
Segundo Ivone Cogo, organizadora do torneio pelo Ministério do Esporte, o sucesso da competição está garantido, já que milhares de espectadores devem comparecer às atividades. Além disso, diz Ivone, é uma oportunidade rara de encontro entre indígenas, moradores, estudantes e professores. "O contato é uma oportunidade única, afinal, entrar e conhecer uma tribo não é algo simples", comenta.
Representando o Instituto Cidade, a coordenadora Mariângela Nascimento acha que o município de Juiz de Fora acolhe bem as diversidades socioculturais. "A cidade tem movimentos sociais fortes. Com certeza a comunidade local abraçará mais um", comemora. Para ela, trabalhar em projetos culturais é um grande orgulho. "Participar de iniciativas onde existam encontros entre povos é uma experiência de vida e um aprendizado enorme", explica.
O Instituto Cidade é uma OSCIP que trabalha com o resgate cultural. Parceira do Ministério do Esporte no Programa Segundo Tempo, a instituição atende cerca de mil crianças em cinco núcleos em Juiz de Fora dando reforço escolar, alimentar e prática esportiva.