Cria de MS, Raul constrói carreira no handebol romeno

da redação - 21 de abr de 2025 às 11:09 175 Views 0 Comentários
Cria de MS, Raul constrói carreira no handebol romeno Da Redação

Aos 35 anos, o sul-mato-grossense Raul Nantes Campos, natural de Nova Andradina, acumula uma trajetória consolidada no handebol. Atualmente no CSM Bucareste, da Romênia, ele relembra o caminho que o levou ao esporte profissional e projeta os próximos passos da carreira.

Nantes iniciou no handebol aos 13 anos, em Sorriso (MT). Aos 17, ingressou no E.C. Pinheiros, de São Paulo, e, dois anos depois, foi para São Caetano do Sul. A oportunidade de jogar na Europa surgiu com um convite do técnico Jordi Ribera, então treinador da Seleção Brasileira e do Ademar de León, da Espanha.

"Já se passaram 16 anos desde então. De lá para cá, já passei por diversos times aqui na Europa: joguei na Espanha, França, Egito e Romênia. Também fui convocado diversas vezes para a seleção brasileira", conta o atleta.

A adaptação a diferentes países e culturas foi um desafio, mas também uma oportunidade. "O handebol me proporcionou aprender algumas línguas: falo espanhol, inglês, francês e agora estou aprendendo romeno", afirma. A rotina intensa de treinos e jogos exige dedicação, principalmente em ligas de alto nível como a romena. "Aqui, o handebol é mais físico, com mais contato do que o normal. Você sempre tem que estar preparado", explica.

Nantes destaca as diferenças estruturais entre o handebol no Brasil e na Europa. "Infelizmente, existe uma diferença muito grande. Para começar, no Brasil, o handebol não é um esporte profissional. Aqui, temos quatro divisões e transmissões semanais de jogos na TV. O handebol é o segundo esporte mais popular do país."

Mesmo distante, o jogador mantém laços com Mato Grosso do Sul. "Sinto muita falta de coisas básicas, como estar sentado na frente de casa tomando um tereré, comer a comida da minha mãe e pescar", relata. A tecnologia ajuda a manter o contato com a família e os amigos.

Sobre o futuro, ele planeja seguir no esporte por mais alguns anos. "Recentemente, fiz 35 anos, então estou me preparando para essa transição de jogador para ex-jogador. Pretendo jogar mais uns quatro anos, se minhas 'pernas' deixarem. Existe alguma possibilidade de voltar e terminar minha carreira no Brasil."

Com experiência internacional, Nantes busca incentivar jovens atletas a seguirem o mesmo caminho. "Aqui na Europa, o handebol é valorizado e você consegue seguir uma carreira. Sempre tento aconselhar os mais novos a virem para cá." Para quem sonha em construir uma trajetória no esporte, ele deixa um conselho: "Se dedicar ao máximo, focar nos objetivos e, passo a passo, conquistá-los".

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