São Paulo (SP) - Os jogares da Seleção Brasileira que embarcaram rumo à Suíça do aeroporto internacional de Guarulhos defenderam a humildade para combater o clima de já ganhou que envolve a equipe, considerada favorita para a Copa do Mundo de 2006.
Cicinho, Cris, Luizão, Roberto Carlos, Robinho e Rogério Ceni pegaram o vôo rumo ao Rio de Janeiro. Lá, os atletas encontrarão o restante da delegação, incluindo o técnico Carlos Alberto Parreira, o coordenador-técnico Mario Jorge Lobo Zagallo e o meia Ricardinho, do Corinthians.
Todos foram unânimes no discurso de que o "favoritismo precisa ser confirmado dentro de campo".
"Nunca vi uma Seleção sair do Brasil com tanto favoritismo. Isso porque essa é uma Seleção do povo, não teve grandes contestações ou jogadores pedidos pelos torcedores", afirmou o chefe da delegação, Marco Polo Del Nero dirigente, que completou. "Mas vai ter que demonstrar o favoritismo em campo".
O zagueiro Cris concordam com o discurso de Del Nero. Para Cris, o Brasil terá que tomar cuidado com a França.
"Eles têm o Henry, o segundo melhor atacante do mundo. Passaram por uma reformulação. Tem jogadores jovens muito bons e ainda juntaram a experiência de jogadores como Zidane" afirmou Cris, que colocou mais duas equipes entre as favoritas para conquistar a Copa.
"A Alemanha por jogar em casa e depois a Inglaterra por também ter feito uma renovoção", concluiu o campeão francês com o Lyon.
Rogério Ceni, que muitos gostariam de ver como titular da Seleção, aproveitou para enfatizar o discurso de grupo.
"Não estou preocupado se vou ou não jogar. O trabalho depende do grupo e estou indo fazer minha parte, ajudar", afirmou o goleiro do São Paulo.
Já no Rio de Janeiro, o meia-atacante Ronaldinho mostrou-se despreocupado com a grande responsabilidade atribuída a ele na Copa.
"É normal, mas a responsabilidade é de todos, pois todos os jogadores são importantes. Tenho alegria por fazer parte desse grupo e espero estar bem preparado para a Copa".
O meia Ricardinho afirmou que a experiência pode ajudar na Copa do Mundo.
"Apesar de termos um grupo jovem, o time é experiente. Quase todos os jogadores jogam em grandes clubes da Europa e isso é quase que o mesmo que jogar a Copa do Mundo. A maioria não deve ter problema com a pressão".
O goleiro Julio Cesar, da Internazionale, era um dos jogadores mais alegres no embarque. Caminhando para sua primeira Copa, o goleiro explicou a opção de vir ao Brasil em vez de ficar direto na Europa.
"Quis vir para o Rio pra sentir calor da torcida. Queria sair com festa, uma motivação a mais", explicou o goleiro.
Sabendo que usará a camisa 22 na Copa da Alemanha, o goleiro não mostrou preocupação com a suposta posição de terceiro goleiro.
"Não foi passado nada sobre o time. Mas pelo critério do Parreira, o goleiro mais novo acaba sendo a terceira opção", conformou-se.
Mesmo consciente de que Roberto Carlos é o titular da lateral esquerda da Seleção Brasileira, Gilberto espera ter oportunidade de jogar.
"Sei que irá jogar o Roberto Carlos. Mas estou bem preparado para, caso o Parreira precise, eu poder entrar. Estou com a cabeça tranqüila para treinar bastante e estar pronto", disse.
Estreante em Copas do Mundo, o atacante Adriano, da Inter de Milão, confessou estar ansioso por disputar a competição.
"Estou nervoso, parece um sonho. Sempre quis disputar uma Copa do Mundo e quero realizar esse desejo conquistando o título", disse o atacante.
O coordenador-técnico da Seleção Brasileira, Zagallo, seguiu para a Suíça com a imagem de Santo Antônio nas mãos. "Precisamos de sorte e fé para conquistarmos o hexa na Alemanha", afirmou.
A previsão para a chegada da delegação da Seleção Brasileira a Weggis, na Suíça, nesta segunda-feira, é por volta de 10h (de Brasília).