Bonito (MS) - As entidades de Mato Grosso do Sul que viabilizaram a realização do VII Encontro Nacional de Professores de Handebol, não têm motivos para arrependimento. Muito pelo contrário. Tanto a Anhanguera Educacional/Unerp quanto a Federação de Handebol do Mato Grosso do Sul, só vislumbram vantagens com o investimento deste evento encerrado neste sábado na cidade de Bonito, destino turístico situado a 280 quilômetros de Campo Grande, capital do Estado.
Tanto que o arquiteto Josimário Derbli, que vive o handebol em 32 temporadas entre seus 42 anos de idade, e que hoje preside a Federação, já anuncia, para o próximo ano, a inclusão de uma equipe na Liga Nacional Masculina. Para tanto, importou jogadores do Pinheiros, Metodista e São Caetano na equipe que está formada em São Gabriel do Oeste - uma cidade que respira o handebol, na mesma proporção de outros municípios praticam o futebol:
"Mais do que montar uma equipe, queremos deixar de ser simples fornecedores para outros estados. Um dos objetivos de estreitar o relacionamento com a CBHb, por meio deste encontro, foi o de criar atletas aqui no estado e, com um trabalho bem elaborado, impedir que eles se transfiram para outros centros" - acredita o presidente.
Para isso, ele tem um aliado importante: Paulo Ricardo Nunez, ex-atleta de handebol e que hoje, aos 41 anos, coordena o curso de Educação Física da Anhanguera/Unerp, entidade que disponibiliza para seus 390 alunos da disciplina, estrutura com campo de futebol, pista de atletismo, ginásio, piscinas semi-olímpica e térmica e um complexo de salas para ginástica olímpica e GRD: "Sediar este encontro nos possibilitou a oportunidade de que os outros 80, 90 educadores que aqui estiveram, possam levar para suas academias, as potencialidades de nossa instituição acadêmica, nossa cidade no âmbito esportivo e - por quê não? no turístico. Então, o lucro institucional foi nosso maior legado deste evento" - garante o coordenador, que por vários meses orientou a Seleção Brasileira Cadete.
Já o Prof. Ivair de Luca, ex-reitor e atual professor de ensino superior da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), por ter participado também dos seis encontros anteriores, falou sobre a importância deste sétimo evento:
"Tive a oportunidade de acompanhar todos os encontros e percebi que os participantes saem com a visão envolvida, com a idéia mais clara em como trabalhar para atingir os níveis internacionais. A CBHb está no caminho certo ao investir forte na formação de recursos humanos de universidades, onde surgem os profissionais verdadeiramente multiplicadores do conhecimento".
"Neste VII Encontro, particularmente, tivemos resultados diferenciados. Os palestrantes estão mostrando exatamente o que os professores precisam ouvir e ver, para depois voltarem para suas instituições com a possibilidade de aplicar em suas aulas a possibilidade de resultados no ensino da disciplina. É o que o handebol brasileiro mais precisa: a iniciação e prática de formação racional, e dentro dos moldes em que é praticado na Alemanha, Espanha, enfim, de como é trabalhado nos países desenvolvidos na modalidade".
