Dayane Camilo já anunciou que encerrará sua participação na Seleção Brasileira de ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos de Atenas. Única remanescente do grupo que foi a Sydney - 2000, ela entende que chegou a hora de parar. Mas nada melhor do que fazer a última apresentação do esporte numa final olímpica. Nesta quinta-feira, ela ajudou o Brasil a se classificar para a final da modalidade, no sábado. "Fiz muito pela ginástica rítmica. Lutei pelo nome do Brasil. Mas saio triste e feliz ao mesmo tempo, porque é meu esporte de coração", comentou Dayane, após a classificação do Brasil para a final com a sétima colocação. Antes mesmo de seguir para o Ginásio Olímpico de Galatsi, Dayane se emocionou na Vila dos Atletas e chegou a chorar. Durante sua primeira apresentação, ela acabou comentando uma falha, ao deixar a fita cair. "Esse é um aparelho traiçoeiro. É muito fino e difícil de manusear", explicou, reconhecendo que o grupo estava um pouco ansioso. Nesta sexta-feira, o Brasil vai aproveitar o dia de folga para corrigir os erros. "Vamos treinar nesta sexta-feira para acertar alguns detalhes da fita", comentou ela, satisfeita com o desempenho da equipe na série de arco e bola. "Foi tudo perfeito". Dayane lembrou ainda que as brasileiras têm a série mais difícil no mundo de ser executada. Ana Maria Maciel, por seu lado, ficou emocionada com mais uma classificação brasileira para a final olímpica. "Estamos felizes. As notas foram justas. Vamos treinar a fita e corrigir os erros, mas foi tudo muito bom", comentou a brasileira, dizendo que a equipe vai brigar com Bulgária, Grécia, China e Bielorrússia para subir de posição. Em Sydney - 2000, as brasileiras também passaram para as finais em sétimo lugar, mas terminaram na oitava colocação. Outro motivo de alegria para Ana Maria foi o incentivo que a equipe recebeu da treinadora Barbara Lafrranchi e da assistente técnica Camila Ferezin durante as apresentações. "A gente sabia que estava indo bem, pelos gritos que vinham de fora", finalizou.