Mesclando juventude e experiência, a seleção brasileira masculina de vôlei começa a luta pelo heptacampeonato da Liga Mundial no próximo sábado, às 2h de Brasília, enfrentando a Coréia do Sul em Cheonan, pelo grupo A.
Campeão da competição nos anos de 1993, 2001, 2003, 2004, 2005 e 2006, o Brasil chega novamente com status de favorito e grande equipe a ser batida - principalmente após a vitória no Mundial, no fim do ano passado.
O técnico Bernardinho começará usando um grupo com jovens valores, e apenas cinco jogadores que participaram da última conquista no Japão: o levantador Marcelinho, o ponta Murilo, o oposto Anderson, o meio-de-rede Rodrigão e o ponteiro/oposto Samuel.
Entre os mais novos, destaque para o levantador Bruno, filho do técnico, o meio-de-rede Eder, os pontas Thiago e Minuzzi e o líbero Alan. Ano passado, todos tiveram experiência na seleção de novos, também dirigida por Bernardinho.
Para dar mais experiência está o ponta Nalbert, que deixou a seleção após a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, e voltou após passar dois anos no vôlei de praia, com pouco destaque.
A fase classificatória será disputada entre 25 de maio e 1º de julho. Os países jogam no sistema de ida e volta dentro de seus respectivos grupos, com três rodadas em casa e três fora - sendo sempre realizadas duas partidas.
Avançam à fase final o vencedor de cada grupo, o anfitrião e um time a ser escolhido pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB, em inglês). As equipes serão divididas em chaves de três grupos e jogam entre si, com os dois melhores passando às semifinais (no formato 1º do A contra 2º do B e vice-versa). Os vencedores decidem o título.
Um dos principais problemas da seleção brasileira será saber informações sobre seus adversários na primeira fase: além dos asiáticos, completam o grupo Canadá e Finlândia. Mesmo assim, os comandados de Bernardinho não devem ter grandes problemas para avançar à fase final, na Polônia.
Um exemplo disso é o fato que os sul-coreanos venceram apenas quatro jogos na Liga Mundial do ano passado, sem passar da primeira fase.
Este é um panorama muito mais fácil se comparado com os outros grupos. A chave B terá Estados Unidos, França e Itália lutando pela vaga, com vantagem para os europeus. O Japão, que pode complicar, corre por fora.
Na chave C, considerada a mais equilibrada da competição, Cuba, Rússia e Sérvia travarão uma verdadeira guerra por uma vaga. O inexperiente Egito será apenas um coadjuvante.
A chave D terá Argentina, Bulgária, China e os anfitriões da fase final, entre os dias 11 e 15 de julho na cidade de Katowice, na Polônia.
Nos dois jogos contra os sul-coreanos, Bernardinho deve começar com Bruno, Samuel, Eder, Rodrigão e o líbero Alan. A dúvida fica nas pontas. O treinador decide entre Minuzzi, Thiago, Nalbert e Murilo.
A favor do Brasil está a ampla vantagem ao longo da história dos confrontos com a Coréia do Sul. Em 44 partidas, foram 29 vitórias e 15 derrotas, com 104 sets a favor e 67 contra.
O último confronto entre as seleções foi realizado na Copa do Mundo de 2003, na cidade japonesa de Nagano, e os brasileiros levaram por 3 sets a 0, com parciais de 25/21, 25/19 e 25/17. Em Ligas Mundiais, já se enfrentaram nos anos de 1992 e 1995.
Brasil e Coréia do Sul voltam a se enfrentar na madrugada de domingo, também às 2h, no mesmo local. Completando a chave, o Canadá recebe a Finlândia em London Ontário na sexta e no sábado.