Aos 16 anos, João Eduardo já começa a escrever sua história no futevôlei sul-mato-grossense. Natural de Campo Grande, o jovem atleta conquistou recentemente a medalha de prata no Campeonato Estadual da modalidade e tem se destacado por sua dedicação, foco e amor ao esporte.

Sua trajetória teve início de forma espontânea, por influência de amigos que já praticavam a modalidade. “Comecei no futevôlei por influência de amigos que já jogavam. Um dia fui assistir a uma partida e fiquei encantado com a habilidade dos atletas e com a vibe do esporte. Resolvi tentar e logo me apaixonei pela combinação de técnica, resistência e inteligência de jogo”, conta.

Essa identificação rápida com a modalidade logo se transformou em rotina de treinos, aprendizados e superações. João não demorou a entrar em competições, e seu desempenho chamou atenção. A medalha de prata no Estadual veio como confirmação de seu potencial. “Foi uma experiência inesquecível! Estar ali, competindo com atletas mais experientes, e ainda conquistar a prata, foi uma grande realização. Me deu ainda mais motivação para seguir treinando e acreditando no meu potencial”, afirma.

A conquista, no entanto, não veio sem obstáculos. O jovem atleta precisou lidar com a pressão de estar entre competidores com mais tempo de experiência. “Sem dúvida, o nervosismo e a pressão. Enfrentar atletas que já estão há mais tempo no circuito foi desafiador, mas tentei focar no meu jogo, confiar no que treinei e manter a cabeça firme. Cada ponto foi uma superação”, relembra.

Com uma rotina puxada, João divide o tempo entre treinos, escola e momentos com a família. “Treino cerca de quatro vezes por semana, com foco tanto na parte técnica quanto no preparo físico. Além disso, cuido da alimentação e descanso. Conciliar com os estudos não é fácil, mas com organização e apoio da família e da escola, dá certo”, explica.

O suporte familiar e da equipe é um dos pilares de sua jornada. “Minha família está sempre comigo, me apoiando em cada passo, vibrando com cada conquista. E minha equipe é como uma segunda família – os treinos, as orientações e o companheirismo fazem toda a diferença”, pontua.

Como referência na modalidade, João cita nomes que já fizeram história no futevôlei nacional. “Admiro muito Sandrey e Anderson Águia, que são referências. Mas também me inspiro em outros atletas, pela criatividade, pela mentalidade e determinação”, diz, deixando evidente que se espelha não só em conquistas, mas também em atitudes dentro e fora da quadra.

O próximo passo na carreira está definido: a participação no TAFC (Team Águia Footvolley Cup), uma das principais vitrines do futevôlei no estado. “Quero continuar evoluindo, participando de mais campeonatos e ganhando experiência. Meu foco agora é o TAFC, que pode ser uma grande vitrine. Também sonho em disputar competições internacionais no futuro”, revela.

Apesar da paixão crescente pela modalidade, João também observa os desafios enfrentados pelo futevôlei em Mato Grosso do Sul. Para ele, o esporte precisa de mais visibilidade e apoio institucional para alcançar novos patamares. “Falta mais visibilidade, incentivo para escolinhas e apoio de empresas locais. Tem muita gente talentosa aqui, só precisa de mais oportunidades e estrutura pra mostrar seu valor”, avalia.

Mesmo com a rotina intensa de treinos e competições, o jovem faz questão de manter o equilíbrio com momentos de lazer e descontração. “Gosto de estar com meus amigos, jogar videogame, ouvir música e, claro, curtir momentos em família. Sempre tento equilibrar a rotina para também aproveitar a vida fora do esporte”, afirma.

A maturidade com que João lida com os desafios e a responsabilidade de representar uma nova geração do futevôlei inspira outros jovens que desejam trilhar caminhos semelhantes. “Acredite no seu sonho, tenha disciplina e paciência. Os resultados não aparecem da noite pro dia, mas com esforço e amor pelo que você faz, eles chegam. E nunca se compare com os outros – foque na sua própria evolução”, aconselha.