Política | Lucas Castro | 09/05/2019 13h24

Secretária de Esportes de Três Lagoas tem cargo cassado

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A até então vereadora e secretária municipal de Juventude, Esportes e Lazer (Sejuvel) de Três Lagoas-MS, Marisa Andrade Rocha, teve o mandato na Câmara Municipal cassado e foi exonerada, pela Prefeitura do município, do cargo da Secretaria nesta terça-feira (7).

Marisa foi acusada por ser chefe de uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e armas, de acordo com investigações da Operação Themis 2, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ela está presa no Estabelecimento Penal Feminino do município desde o dia 6 de março.

A cassação tem relação com uma condeção de dois anos atrás, na qual Marisa foi julgada por ter acobertado e dado emprego a um foragido da Justiça em 2013. O fugitivo estava abrigado em seu sítio e tinha o cargo de caseiro.

A Prefeitura de Três Lagoas publicou a exoneração no Diário Oficial dos Municípios do Mato Grosso do Sul desta quarta-feira (8) e assinada pelo prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB).

No entanto, Marisa Rocha está afastada da Sejuvel desde março de 2019, quando deixou de receber remuneração pelas funções do cargo. Seu salário era de R$ 13 mil. No período de afastamento, o secretário-geral Cassiano Rojas Maia respondeu pela direção da Sejuvel, mas não teve salário acumulativo.

Em nota, a Prefeitura a exoneração foi recomendada pelo Procurador Jurídico do Município, por meio da aplicação da Lei Orgânica municipal, que prevê a perda de mandato em caso de condenação por crime doloso transitado em julgado, sem chance de recurso.

Marisa integrava o governo do Guerreiro desde junho de 2018 e exercia o sexto mandato como vereadora.

Operação Themis 2

A Operação Themis 2, ocorrida em janeiro deste ano, contou com interceptação telefônica, oitivas de várias pessoas, levantamentos diversos, apreensão de farto material probatório, inclusive celulares e computadores. As investigações encontram-se em fase conclusiva.

O Gaeco cumpriu três mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão envolvendo os municípios de Três Lagoas, Campo Grande e Ponta Porã, em investigação que teve por objetivo apurar a prática dos crimes de organização criminosa, coação no curso do processo, violação de sigilo, associação para o tráfico e tráfico de drogas.

As investigações tiveram início a partir de pedido de apoio da Promotoria de Justiça de Três Lagoas e tinha como objetivo aprofundar os esclarecimentos acerca do cometimento do crime de coação do curso do processo envolvendo atuação funcional de membro do Ministério Público em processos judiciais. Durante as diligências, constatou-se o envolvimento dos envolvidos não só com o crime originário, como também com o tráfico de drogas.

Segundo nota do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o nome da operação refere-se à Deusa da Justiça e foi adotado em referência ao respeito que se deve dar a todas as decisões judiciais, ainda que não se concorde com elas.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do MPMS e Gaeco.

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