Política | Lucas Castro | 20/03/2019 10h00

Secretária de Esportes de Três Lagoas é suspensa do cargo por 90 dias

Compartilhe:

A secretária municipal de Juventude, Esportes e Lazer (Sejuvel) de Três Lagoas-MS, Marisa Andrade Rocha, foi suspensa por 90 dias do exercício das funções do cargo. A decisão foi publicada no Diário Oficial dos Municípios de Mato Grosso do Sul desta quarta-feira (20) e assinada pelo prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB).

A suspensão deve-se à prisão da secretária, acusada de ser chefe de uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, de acordo com investigações da Operação Themis 2, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Marisa Rocha está presa no Estabelecimento Penal Feminino do município desde o dia 6 de março.

De acordo com a publicação e reiterado em nota oficial divulgada pela Prefeitura Municipal de Três Lagoas, Marisa Andrade Rocha não será remunerada neste período suspensivo. Seu salário, atualmente, é de R$ 13 mil.

No período de afastamento, o secretário-geral Cassiano Rojas Maia responderá pela direção da Sejuvel, mas não terá salário acumulativo.

Operação Themis 2

A Operação Themis 2, ocorrida em janeiro deste ano, contou com interceptação telefônica, oitivas de várias pessoas, levantamentos diversos, apreensão de farto material probatório, inclusive celulares e computadores. As investigações encontram-se em fase conclusiva.

O Gaeco cumpriu três mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão envolvendo os municípios de Três Lagoas, Campo Grande e Ponta Porã, em investigação que teve por objetivo apurar a prática dos crimes de organização criminosa, coação no curso do processo, violação de sigilo, associação para o tráfico e tráfico de drogas.

As investigações tiveram início a partir de pedido de apoio da Promotoria de Justiça de Três Lagoas e tinha como objetivo aprofundar os esclarecimentos acerca do cometimento do crime de coação do curso do processo envolvendo atuação funcional de membro do Ministério Público em processos judiciais. Durante as diligências, constatou-se o envolvimento dos envolvidos não só com o crime originário, como também com o tráfico de drogas.

Segundo nota do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o nome da operação refere-se à Deusa da Justiça e foi adotado em referência ao respeito que se deve dar a todas as decisões judiciais, ainda que não se concorde com elas.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do MPMS e Gaeco.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS