Personalidade | Pedro Nogueira/Da Redação | 21/06/2011 13h32

Personalidade: Adílson Higa

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Higa no pódio comemora o vice-campeonato sul-americano na Bahia. Higa no pódio comemora o vice-campeonato sul-americano na Bahia. (Foto: Foto: Divulgação)

Adílson Higa

Ele não é só atleta e professor. É o exemplo vivo de persistência e determinação. Adílson Higa, 39 anos, quase perdeu a vida no fim de 2009 em um acidente de moto. Ficou em coma por meses e teve o braço esquerdo amputado. Muitos desistiriam do esporte aqui. Mas não Higa.  O atleta , que treina desde 1991 e dá aulas desde 1998, não quis parar no esporte.

O lutador se adaptou e em abril de 2010 voltou a vestir o quimono, a dar aulas e a competir. "Eu creio que sou um exemplo para muita gente. Muitas pessoas me param e perguntam, ou porque conhecem alguém ou têm algum parente que sofreu acidente de moto. Elas ficam mais surpresas quando falo que ainda luto jiu-jitsu em alto nível, sem ser paraolímpico", frisa.

Com cara e coragem, Dill, como é apelidado por amigos e conhecidos, desde sua recuperação participou de 11 campeonatos. Quase todos pagando as despesas do próprio bolso, sem apoio ou patrocínio. Dos 11 campeonatos, subiu ao pódio em todos, conquistando 5 ouros, 2 pratas e 4 bronzes. Recentemente foi bronze no Brasileiro de Jiu-Jitsu no Rio de Janeiro e prata no Sul-americano de Jiu-Jitsu em Salvador.

Higa credita seu sucesso na vontade de lutar, adaptação, treino, insistência, determinação força de vontade e auto conhecimento. Ao ser perguntado se tem algum sonho na carreira, conquistar algum campeonato, ele responde:

"Hoje para mim vencer não importa, é só uma convenção, medalha passa. O que importa é continuar evoluindo, ganhar ou perder faz parte da luta. Perder traz humildade e autoconhecimento para melhorar. Fico feliz de estar lutando bem e ser competitivo".

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