Pan-americano | UOL | 18/07/2007 10h19

Falavigna faz coro e pede mais recursos para o taekwondo

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Transtornada com derrota, Falavigna pediu mudanças: Transtornada com derrota, Falavigna pediu mudanças: "Queria ser profissional, poder ter uma perspectiva no esporte". (Foto: EFE)

Rio de Janeiro (RJ) - "Precisamos de mais incentivos para que no próximo Pan nosso choro seja de alegria." A frase veio de uma Natália Falavigna, cabisbaixa, chorosa e contrariada após a derrota na final do taekwondo feminino, categoria acima dos 67 quilos.

Ela fez coro ao apelo do medalha de ouro Diogo Silva, que reclamou dos R$ 600 que a confederação brasileira pagam para os atletas de ponta. "Queria ser profissional, poder ter uma perspectiva no esporte. Ter um salário, mas a realidade do taekwondo é igual a de outros esportes amadores. Tenho fé que isso vai mudar", desabafou.

Ela também reclamou da arbitragem da final."Dei golpes perfeitos que só os juízes não viram", se queixou, na modalidade em que a efetividade ou não dos chutes é um mistério para quem assiste.

Contrastando com a tristeza brasileira, a canhota mexicana Rosario Epinoza estava exaltante com sua segunda vitória sobre Falavigna -a outra foi na semifinal do Mundial, meses atrás.

"Transformei as vaias para mim como para era. E quando a torcida brasileira gritava, eu ouvia `México, México´. Isso me motivou mais", disse Rosario. "Tudo isso foi uma experiência muito linda", completou. Não para a favorita brasileira.

A mexicana enfrentou a hostilidade da torcida local, que fez gestos obscenos e sinais de roubo em sua direção ("Nunca vivi isso", afirmou). Na hora do pódio, vaiou também, enquanto para Falavigna fazia coro de "Natália, eu te amo".

Apesar do choro, Natália parecia mais conformada no pódio, sorriu e agradeceu a torcida. Desfilou também com os colegas de equipes e posou para as fotos mais animada.

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