Olimpíadas | (Com informações do COB) | 29/08/2004 19h48

Meninas do handebol terminam em sétimo

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Meninas do handebol terminam em sétimo

O handebol feminino do Brasil deixa Atenas com uma lição e uma certeza. A Seleção comandada pelo treinador Alexandre Schneider aprendeu que uma grande equipe se faz nos pequenos detalhes, e que os fundamentos precisam ser trabalhados. Mas ao endurecer jogos contra países com tradição no esporte, como Coréia e Ucrânia (que ficaram com a prata e o bronze), as jogadoras brasileiras terminaram os Jogos Olímpicos convencidas de que chegar à elite da modalidade é só uma questão de tempo. O Brasil encerrou sua participação em sétimo lugar, pouco abaixo da meta estabelecida pela comissão técnica para os Jogos. "Nosso objetivo era ficar entre as seis primeiras seleções, mas infelizmente a irregularidade do time não permitiu isso", lamentou Schneider, que no entanto observou evolução no time. Não apenas na subida de posições em relação a Sydney - 2000, quando o Brasil ficou em oitavo. "A distância entre o Brasil e os melhores está diminuindo a cada ano, estamos avançando em termos técnicos e chegando cada vez mais perto das melhores equipes". Artilheira do Brasil nos Jogos Olímpicos, com 40 gols, a armadora esquerda Chicória disse que a participação nos Jogos Olímpicos serviu para que o Brasil passasse a encarar de igual para igual as maiores forças do esporte, sem se intimidar. Para ela, a diferença entre a Seleção Brasileira e as medalhistas em Atenas foi principalmente nos fundamentos. "Enquanto elas cometem um, dois erros de fundamento em cada tempo, nós cometemos dez. No final das contas é isso que faz a diferença", disse a armadora. A medalha de ouro ficou com a Dinamarca, que derrotou a Coréia nos pênaltis numa final dramática. A presença das duas seleções na final foi motivo de estímulo adicional para as jogadoras brasileiras, que fizeram jogos bastante disputados com as duas recentemente. Contra a Dinamarca, tricampeã olímpica em Atenas, obteve uma surpreendente vitória num torneio que antecedeu os Jogos. Contra a Coréia, já pelas quartas-de-final do torneio olímpico, endureceu o jogo e perdeu por apenas dois gols de diferença. Para a goleira Chana, que conhece bem as tricampeãs do mundo, pois atua no handebol dinamarquês, faltou experiência e uma certa dose de sorte ao Brasil. "Verdade que perdemos jogos por causa de erros infantis nossos. Mas também acabamos cruzando com adversárias fortes, como Hungria e Coréia, o que tornou mais difícil ficar entre as seis", disse ela, que mais uma vez se destacou com defesas importantes e os lançamentos rápidos para o contra-ataque. "Mas mostramos que estamos no caminho certo. Há alguns anos perdíamos sempre de 10, 15 pontos para as melhores. Hoje elas nos respeitam". A próxima competição é o Mundial da Rússia, no ano que vem. Em seguida, a meta passa a ser a conquista do bicampeonato pan-americano no Rio, em 2007, e preparar o caminho para os Jogos Olímpicos de Pequim - 2008. O último jogo em Atenas - 2004, válido pela disputa da sétima colocação, foi um bom pontapé inicial contra as próximas donas-da-casa: o Brasil derrotou a China por 26 a 25, numa virada emocionante.

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