Olimpíadas | Gazeta Esportiva.Net | 09/08/2008 18h53

Com raiva, seleção masculina estréia buscando bi-campeonato

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Pequim (China) - Maior papa-títulos dos esportes coletivos nos últimos anos, a seleção brasileira masculina de vôlei estréia nas Olimpíadas de Pequim neste domingo, às 3h30 (horário de Brasília), diante da fraca seleção do Egito.

Atual campeão olímpico e bi mundial, a equipe verde-amarela busca sua segunda medalha de ouro sob a desconfiança de parte da torcida após a quarta colocação na disputa da Liga Mundial, finalizada no final de julho. Atuando no Rio de Janeiro, a equipe ficou fora do pódio pela primeira vez desde que Bernardinho assumiu o time, em 2001.

O "acidente de percurso" teve efeito imediato nos brios dos atletas, que prometem fazer de tudo para voltar ao ponto mais alto do pódio. "Apesar da derrota, o Brasil ainda tem o respeito dos outros times. Agora é hora de focar, fechar essa página e abrir uma nova. Vamos jogar mordidos, com raiva mesmo", afirmou o técnico.

Capitão da seleção brasileira, Giba concorda ao mesmo tempo em que não esconde a vontade de revanche diante dos Estados Unidos, maior algoz (senão o único) dos brasileiros nos últimos anos. "Se Deus quiser, falaremos obrigado aos Estados Unidos depois das Olimpíadas pelo tapa na cara que recebemos", afirmou o ponteiro.

Porém, questionado se o Egito é o adversário ideal para o início da retomada, o atacante acredita que não. "Hoje, não existe isso. Todo mundo é pedreira. Todo jogo vai ter de ser disputado como final", analisou.

A partir deste domingo, porém, a ordem no time é esquecer todo o passado. "Na Olimpíada, é colocar a faca entre os dentes e seguir em frente", resumiu Bernardinho, que, apesar de ainda não saber se segue no comando da seleção após a disputa, já tem a consciência de que não contará mais com Gustavo e Anderson na volta da China - ambos pretendem se aposentar da seleção.

"Espero que seja um adeus com o ouro", afirmou o meio-de-rede, que durante um dos treinos em Pequim discutiu asperamente com Bernardinho ao tentar defender Bruno, levantador reserva e filho do treino, de uma bronca do comandante. "Essa cobrança vai ser ainda maior dentro de quadra, pois é em prol do grupo", minimizou o líbero Escadinha.

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