Olimpíadas | GE.net | 21/01/2008 19h08

Bocog nega morte de trabalhadores durante obras em Pequim

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Pequim (China) - O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim (Bocog) negou nesta segunda-feira que dez trabalhadores tenham morrido durante as obras de construção do Estádio Olímpico. A denúncia foi publicada domingo pelo jornal inglês Sunday Times. As mortes, informava a reportagem, teriam ocorrido desde o início das obras e nunca foram divulgadas pelo governo chinês.

Apelidado de Ninho de Pássaro por sua arquitetura arrojada, o Estádio Olímpico tem custo estimado de US$ 400 milhões e começou a ser construído em 2003. Exigências técnicas da construção tornam freqüente a necessidade de operários trabalharem em altitude elevada.

"A reportagem do Sunday Times afirmando que dez pessoas morreram durante a construção do Estádio Nacional não é verdadeira\\\', afirmou o porta-voz do Comitê chinês, Sun Weide. "Até o momento, a construção tem andado bem e de acordo com o planejado", acrescentou. "A Prefeitura de Pequim e o Bocog deram muita importância à segurança na construção das sedes".

A publicação inglesa levou como base para seu levantamento a comparação de dados e testemunhos referentes às obras em diferentes períodos. O Estádio é a única das 36 sedes previstas para os Jogos que ainda não está pronta. A instalação, com capacidade para 91 mil torcedores, tem previsão de entrega para o final de março. Cerca de 17 mil operários, a maior parte proveniente de províncias pobres e distantes da capital, estão trabalhando no Estádio.

"Nós consideramos segurança, qualidade, tempo, funcionalidade e custo no projeto. Adotamos medidas para garantir a qualidade do projeto", completa Weide. Nos três últimos Jogos Olímpicos realizados, pelo menos uma morte foi confirmada durante a construção das sedes. No ano passado, durante a construção do Estádio João Havelange para os Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro, um operário morreu.

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