Natação | UOL | 15/03/2007 16h05

Futuro de Scherer inclui carreira na CBDA e o patrocínio a atletas

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São Paulo (SP) - Ao mesmo tempo em que anunciou sua aposentadoria, nesta quinta-feira, em São Paulo, o nadador Fernando Scherer também antecipou seus planos para o futuro. Ele acompanhará o Pan-Americano na borda das piscinas, como consultor da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e patrocinará jovens nadadores de todo o país, com o apoio de empresas.

"Eu falei com o Coaracy (Nunes, presidente da CBDA) por telefone e ele me pediu pra mandar um recado para vocês. Ele disse que minha aposentadoria era algo decepcionante, porque ele já contava com uma medalha de ouro nos 50m livre. Mas também já me chamou para trabalhar na Confederação, e eu aceitei", contou.

Com isso, ele segue os passos de Gustavo Borges, que se aposentou depois dos Jogos Olímpicos de Atenas-2004: dar palestras, consultoria, participar de clínicas.

Scherer também poderia ter parado depois das Olimpíadas, mas decidiu prolongar um pouco mais sua carreira. "O resultado de 2004 não foi o que eu queria, então fui para o Mundial e consegui o que queria, que era a quebra de recorde. Como meu objetivo sempre foi bater recordes e me superar, acho que encerrei minha carreira com o melhor resultado da seleção brasileira no Mundial, o que é bom", analisa.

Em Atenas, Xuxa não foi à final dos 50m livre, mas ajudou a equipe brasileira a conquistar o bronze no revezamento 4x100m livre. No Mundial de Montreal, em 2005, o nadador terminou em quinto lugar nos 50m borboleta. Seu melhor tempo foi 23s55, recorde sul-americano, registrado na semifinal.

Mecenas - Xuxa diz que também parou porque encontrou uma outra motivação, o patrocínio de atletas. "É uma coisa que eu já faço há algum tempo, na verdade, eu patrocinei a Flávia Delaroli e também alguns atletas paraolímpicos. Agora vou apoiar cinco mil crianças de 10 a 16 anos, de todo o país, dando oportunidade de treinamento, material e incentivo", acrescenta.

Para o agora ex-nadador, o projeto, mais do que formar novos atletas, terá um lado social. "Quero usar minha imagem para fazer, quem sabe, um atleta, e também para diminuir a violência no país, o que me deixaria muito feliz", afirma.

O roteiro com as cidades que Xuxa vai visitar, para escolher cada uma das crianças que participarão do projeto, ainda será definido com o patrocinador. Scherer já avisou, contudo, que a seleção não será feita com base em resultados.

"Eu vou procurar nadadores motivados. Até porque, quando eu comecei a nadar, com 14 anos, quem via achava que não ia dar em nada", compara.

Scherer já tem sua primeira patrocinada, que é sua filha Isabella, de 11 anos. \"Ela nada todos os estilos, por enquanto. Mas eu deixo o caminho aberto, não pressiono, não me meto no treinamento. Se ela quiser parar também pode. Quero que ela nade porque tem vontade.\"

Se a menina continuar nas piscinas e decidir seguir carreira, porém, já tem treinador garantido. "Eu penso sim, em treiná-la. Mas tudo vai depender da reação dela e da minha, passando os treinos para ela. Mas é claro que eu vou ajudar na parte de estrutura psicológica, passando minha experiência para ela, e também na parte técnica, de fisioterapia, de nutrição."

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