"A falta de patrocínio é uma batalha", diz destaque do MMA
O lutador Cláudio Rocha, de Bonito, é uma das principais referências do MMA no Brasil. Em entrevista ao Esporte Ágil, ele compartilhou detalhes sobre sua trajetória no esporte, que começou após uma grave lesão no futebol, e falou sobre as dificuldades enfrentadas para chegar ao topo da modalidade, principalmente a falta de patrocínio.
"Comecei a treinar nas categorias de base do futebol e logo me tornei profissional, mas por conta de uma grave lesão precisei encerrar a carreira aos 26 anos", conta o atleta. Após a recuperação, Cláudio sentiu a necessidade de se manter ativo no esporte e começou a treinar jiu-jitsu. A migração para o MMA, na época conhecido como vale-tudo, foi rápida. Aos 35 anos, fez sua estreia na modalidade e logo se apaixonou pela adrenalina da competição.
"O MMA exige muito fisicamente e mentalmente. Hoje vivo minha melhor fase no esporte. Sou atleta número 19 em todo o Brasil entre 600 atletas ativos. Tenho uma vida saudável, sem vícios, sem vida social, apenas treino e dou aulas de luta. Me alimento bem, cuido muito do meu corpo, por isso acredito em uma vida longa no esporte", afirma.
Apesar de alcançar um nível de destaque no MMA, Cláudio revela que as dificuldades financeiras continuam sendo um obstáculo constante. "A falta de patrocínio é uma batalha que tenho que enfrentar até hoje", diz. Ele explica que, nos primeiros anos de sua carreira, teve que arcar com os custos das competições. "Na época, por ser um esporte novo, tinha muito preconceito. Muitas vezes, participei de eventos com custos do próprio bolso, ou seja, pagava para lutar."
Cláudio começou sua trajetória no MMA em um estado com pouca visibilidade para o esporte. Natural de Bonito, ele enfrentou uma série de desafios para se destacar. "O início foi muito difícil. Para me destacar, procurei lutar nos melhores eventos do país, contra os melhores atletas, sem escolher adversários", relembra.
Com muito sacrifício e dedicação, o atleta conquistou seu espaço. Ele destaca que sua carreira teve um marco importante em 2018, quando venceu uma luta no Shoto Brasil, transmitida ao vivo pelo canal Combate. "Venci um atleta da casa, do Rio de Janeiro, por finalização no segundo round. Isso nunca havia acontecido com nenhum atleta do MS na história", comemora.
Em relação ao apoio da família, Cláudio conta que no início houve resistência devido ao preconceito com o MMA. "No início, não concordavam, mas depois de assistirem algumas lutas, entenderam que era apenas um esporte como outro qualquer e hoje são meus maiores fãs", revela.
Sua esposa, também lutadora, tem sido um apoio fundamental na sua carreira. "Ela começou depois de mim. Ela é personal trainer, sempre foi atleta de vôlei, e quando viu que eu já estava envolvido no MMA, decidiu me acompanhar", diz. Cláudio e sua esposa dividem a rotina de treinos e se ajudam mutuamente. "Nos ajudamos nos treinamentos. Um treina o outro", completa.
Sobre a popularização do MMA em Mato Grosso do Sul, Cláudio observa que o esporte tem crescido, mas ainda é necessário mais apoio. "Tem crescido bastante, graças a mais eventos no Estado. Mas ainda precisamos de mais eventos que possam divulgar o nosso esporte. Os professores e lutadores do Estado poderiam incentivar mais a prática através de bolsas para que os jovens comecem bem cedo", sugere.
Cláudio, que ainda pretende lutar por mais três anos e conquistar títulos no Brasil, também planeja cuidar da carreira de novos atletas. "Depois, vou cuidar da carreira de alguns atletas que estão comigo há algum tempo", afirma.
Por fim, o atleta acredita que o papel de sua esposa no esporte é fundamental, não apenas para ele, mas para a motivação de outras mulheres. "Ela tem sido um exemplo de superação e determinação aqui no estado, e isso contagiou todos nós", conclui.
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