Judô | Da redação | 01/01/2018 06h51

Presidente da FJMS destaca trabalho de técnicos: ‘Sabem o caminho’

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O presidente da FJMS (Federação de Judô de Mato Grosso do Sul), César Paschoal, destacou o trabalho que os técnicos desenvolvem com as categorias de base no Estado. Segundo o dirigente, os professores são os principais responsáveis pelas conquistas recentes dos sul-mato-grossenses em competições nacionais, principalmente no feminino.

“A capacitação dos professores é primordial. Nossos técnicos são preparados. A maioria foram atletas e de alto rendimento. O segredo é trabalho. Eles sabem o caminho e conseguem passar a experiência que tinham e exigir o máximo do atleta. Quando exige o máximo a medalha vem”, considerou, apostando ainda que Mato Grosso do Sul poderá ter atletas nos próximos Jogos Olímpicos, em Tóquio-2020.

“Mato Grosso do Sul tem chances. Temos a Camila Gebara, da Seleção Principal, e três atletas menores que, para 2024, são promessas. Quatro ganharam a Seletiva Nacional e vão para o circuito internacional ano que vem. O judô, graças a Deus, tem apoio do Ministério do Esporte e do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e ainda conseguimos manter um nível alto. Mato Grosso do Sul, principalmente no feminino, é um dos melhores no Brasil”, garantiu.

Paschoal participou, no último dia 16, da entrega de certificados de graduação, realizada no plenário da Câmara Municipal. Dezenas de faixas-pretas foram promovidos. A solenidade contou com a presença de diversas autoridades no judô sul-mato-grossense e do presidente da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), Silvio Acácio.

Legado olímpico - Ainda conforme o presidente da FJMS, o legado humano foi o principal deixado pelos Jogos do Rio, em 2016. “O legado material, no Rio de janeiro, ficou restrito ali. Infelizmente, ficamos sabendo que muito da parte material se deteriora, e o Governo Federal não tem intenção de ampliar ou manter e, para nosso desespero, vai diminuir. No lado de conhecimento, os profissionais, principalmente aqueles que têm anseio de serem atletas, cada um teve uma experiência decorrente das olimpíadas. Todos aprendemos algo. A meu ver, o principal legado é o pessoal. O material, em termos de investimento, para se preparar para Tóquio, sem chance”, lamentou.

Ele ainda criticou a redução do orçamento do Ministério do Esporte para o próximo ano. Segundo Paschoal, os atletas serão os mais atingidos com a medida do Governo Federal. “Vão deixar de ter intercâmbio, o principal meio de aumentar o rendimento. Quem perde com isso são atletas, técnicos e árbitros. O alto nível vai cair e, no futuro, teremos uma lacuna. Se não entrar um gestor com ideia de ampliar o investimento, vamos simplesmente para viajar com alguns atletas. Não vai trazer medalha. Isso é um crime para o esporte e, principalmente, para quem vive dele”, finalizou.

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