Jiu-Jitsu | Da redação/com Tatame | 18/06/2013 11h03

Campo-grandense Roberto Cyborg se frustra em combate com atleta do UFC

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Campo Grande (MS) - Escalado para enfrentar o lutador do UFC Brendan Schaub na segunda edição do MetamorisPro, em Los Angeles, o campo-grandense Roberto Cyborg se preparou para uma verdadeira guerra. Treinou incansavelmente, sem poupar esforços, e praticou e repetiu posições inúmeras vezes. Em vão.

Durante os 20 minutos da luta, realizada no último dia 9, o americano só se preocupou com uma coisa: fugir. Cyborg cansou de chamar Schaub para o solo, para que pudessem desenvolver pelo menos um pouco da arte suave. Mas o atleta do Ultimate, visivelmente desconfortável com uma competição agarrada, teimava em não aceitar o convite do brasileiro.

“O evento foi muito bem organizado, mas a luta em si foi extremamente frustrante. Até agora não entendo com que mentalidade o Schaub se inscreveu. No começo, achei que fosse estratégia dele deixar para atacar do meio para o final da luta. Depois, percebi que ele não queria lutar, e supliquei para que ele caísse para dentro, mas o córner dele mandava-o recuar o tempo todo. Um absurdo”, indigna-se Cyborg.

Justamente por ser um lutador do UFC, a maior organização de MMA do planeta, o brasileiro acreditou que a postura de Brendan seria outra.

“Alguém do calibre dele, representando o Ultimate, não poderia ter um comportamento como esse. É uma vergonha, eu sinto muito por ele. Treinei forte para esse evento, e estava muito feliz de poder representar o Jiu-Jitsu contra alguém como o Schaub, mas deu no que deu. Ele alegou que tinha uma luta marcada no UFC e não poderia se machucar. Que ficasse em casa, então! Eu participei do Mundial uma semana antes, me machuquei, e estava lá no Metamoris, pronto para a batalha”, dispara.

Apesar do frustrante combate, Cyborg gostou do formato do evento, e espera voltar para fazer uma “luta de verdade”. Antes, porém, o lutador revela que vive a expectativa por outro convite.

“Estive no ADCC em 2009 e 2011, e espero ser convidado também. Vou focar nos treinos para conquistar esse título tão sonhado, mas ainda não recebi o convite. Agora é cruzar os dedos”, disse.

Radicado em Miami, o atleta, de 32 anos, já voltou aos treinos, mirando o ADCC. E que, dessa vez, todo o seu esforço não seja em vão.

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