Hipismo | Gazeta Esportiva.Net | 05/09/2008 15h57

FEI confirmou o doping de cavalo de Rodrigo Pessoa em Pequim

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São Paulo (SP) - A contraprova do exame antidoping do cavalo Rufus confirmou nesta sexta-feira o que havia sido anunciado no início desta semana: o animal do ginete brasileiro Rodrigo Pessoa competiu a final olímpica de saltos em Pequim dopado. O eqüino testou positivo para nonivamida, de acordo com a ratificação da Federação Internacional de Hipismo (FEI).

Com o resultado da amostra B aberta para análise, Pessoa pode ser destituído do quinto lugar da prova de saltos dos Jogos Olímpicos de Pequim. Ironicamente, quatro anos antes o próprio brasileiro tinha sido beneficiado pelo caso de doping do cavalo Wateford Crystal, que formava conjunto com o irlandês Cian O'Connor, ouro em Atenas-2004. O europeu acabou sendo desclassificado e o brasileiro herdou a medalha de ouro.

A nonivamida, encontrada no organismo de Rufus, faz parte da família dos capsaicinóides e é um dos medicamentos de maior grau de proibição da FEI. A substância possui características hipersensibilizantes para aliviar dores.

As amostras de Rufus foram coletadas no dia 23 de agosto, logo após o término da prova olímpica. O primeiro resultado do doping do cavalo foi anunciado cinco dias depois. A prova B foi enviada ao mesmo laboratório em 2 de setembro, na última terça-feira.

Rodrigo Pessoa, desta forma, está suspenso provisoriamente de competições até uma audiência junto ao Tribunal da FEI, em data que ainda será definida. Apenas o julgamento definirá se o ginete continuará afastado temporariamente das competições e perderá o quinto lugar de Pequim-2008.

O caso de Pessoa, contudo, não é o primeiro de cavalos dopados na final da prova de saltos das Olimpíadas da China. O Brasil já havia perdido inclusive um cavaleiro: Bernardo Alves, eliminado após a última eliminatória da disputa por causa do teste positivo do cavalo Chupa Chup. O alemão Christian Ahlmann e o irlandês Denis Lynch também tiveram seus animais flagrados, assim como o norueguês Tony Andre Hansen.

Caso o ginete do país nórdico seja punido pelo Tribunal da FEI, aliás, o resultado da prova por equipes pode ser alterado. A Noruega havia ficado com o bronze, mas agora corre o risco de perder a medalha.

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