Handebol | (Com informações da CBHb) | 04/02/2005 15h59

Projeto da CBHb populariza ainda mais a modalidade

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O handebol já é um dos esportes mais praticados e populares do Brasil, mas a Confederação Brasileira continua empenhada em expandir sua prática e trazer cada vez mais crianças e jovens para as quadras. Os Projetos Petrobras Mini-Hand, criado no ano 2000 e que ganhou força em 2004 com o apoio da empresa, e o Caça Talentos, que existe há pouco mais de um ano, já colhem os frutos deste trabalho.

O Petrobras Mini-Hand inicia crianças de 6 a 8 anos na prática da modalidade. O pontapé inicial foi dado em Sergipe, com o apoio do Ministério do Esporte e Turismo, através da Secretaria Nacional de Esportes. Hoje, várias cidades, estados e núcleos individuais participam do projeto e o interesse cresce a cada dia. Estados como Minas Gerais, Alagoas, Paraná e Rio de Janeiro também aderiram inteiramente ao projeto e os resultados obtidos até agora despertaram o interesse em vários outros. Ceará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal são exemplos que já estão prontos para fazer parte do grupo ainda este ano.

Segundo o diretor técnico da CBHb, Digenal Andrade Cerqueira, o Petrobras Mini-Hand objetiva despertar o interesse das crianças pelo handebol. "Ele é voltado para crianças pequenas, que estão tendo seus primeiros contatos com o esporte e por isso possui características um pouco distintas do esporte tradicional. Trata-se de uma atividade esportiva iniciadora da modalidade e possui um perfil mais recreativo do que competitivo. Com isto, fazemos também um trabalho social, ocupando o tempo das crianças, tirando-as da ociosidade e melhorando a sua qualidade de vida. Isso faz também com que elas diminuam o contato com a marginalidade e o uso do drogas. Os fundamentos e elementos são os mesmos, mas o número de participantes, o tamanho da quadra e outros detalhes são diferentes. As atividades são mistas, meninos e meninas podem jogar juntos, até para ensiná-los as questões da disciplina e do respeito", explicou.

Depois desta parte mais recreativa, a CBHb agregou no ano passado outro passo ao projeto, pelo qual os participantes podem dar seqüência à prática do handebol. "Após o primeiro contato com o esporte, eles entram na parte de iniciação da modalidade. E como já tiveram noção dos fundamentos, isso facilita o trabalho do professor que não precisa ficar ensinando o básico do esporte", observou Andrade.

Alexandre Cerqueira, um dos idealizadores do projeto, e responsável por um núcleo do Petrobras Mini-Hand em Aracaju (SE), comprova o sucesso. "Começamos com 178 crianças. Para este ano, queremos aumentar este número ainda mais. Na minha ótica já está funcionando muito bem, mas encaminhamos algumas idéias para a Confederação, para que possamos melhorar cada vez mais e ganhar mais participantes", lembrando que o Petrobras Mini-Hand funciona sempre em horários alternados com o das aulas escolares, pois um dos requisitos para participar do projeto é estar matriculado no colégio.

Outra preocupação da CBHb é a procura por novos craques e, para facilitar este trabalho, o projeto Caça Talentos busca jogadores em todos os estados para torná-los profissionais no futuro. Em pouco tempo, o Caça Talentos ganhou a adesão de 18 estados, e no ano passado contou com a participação de 249 equipes.

Segundo Andrade, o programa busca atletas da categoria Cadete (nascidos a partir de 1989) e é dividido em quatro fases: municipal, estadual, regional e final. As escolhas são feitas em uma espécie de campeonato. "Na última assembléia, nós discutimos alguns pontos a serem melhorados e decidimos dividir as responsabilidades entre as sedes, os participantes e a Confederação. Assim, cada um faz a sua parte e divide também as despesas. A Confederação entra com a premiação, que inclui bolas e uniformes; as sedes, com a hospedagem, e os participantes, com a alimentação. O mais importante é que nós estamos indo até locais afastados em busca de jogadores de destaque", definiu.

De acordo com dados da Confederação, uma grande parte das federações não tem participado de campeonatos brasileiros. O projeto, além de descobrir os chamados "talentos fantasmas", pretende diminuir esse quadro, incentivando a prática do handebol. "O Brasil foi dividido em oito regiões que disputam os campeonatos. Na fase municipal, não há olheiros, eles estão presentes apenas a partir da fase estadual, mas aqueles que se destacarem durante os jogos e não forem vencedores nessa etapa podem ser aproveitados pelo time classificado. Desta forma, nós temos um leque maior de possibilidades", acrescentou Andrade.

Os organizadores acreditam dobrar o número de participação este ano porque o programa foi muito bem aceito por todos os dirigentes, que assumiram um compromisso de incentivar o Caça Talentos em suas federações. As datas para o programa em 2005 já foram definidas. As fases municipal e estadual devem ser concluídas até o mês de julho; a fase regional, entre os dias 16 e 20 de agosto, e a fase final de 11 a 15 de outubro.

"Com esse projeto, nós visamos ao desenvolvimento técnico, mas queremos algo a mais. Queremos deixar o atleta de talento jogar. Na última assembléia, os dirigentes nos contaram que já conseguiram observar promessas e a nossa idéia é que nas fases mais avançadas, os técnicos das seleções e clubes sirvam de olheiros para detectar os talentos escondidos", concluiu.

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