Futsal | Lucas Castro | 01/07/2019 15h39

Decisões da Copa Pelezinho de Futsal são marcadas por reclamações contra a arbitragem

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A sexta edição da Copa Pelezinho Estadual de Futsal, tradicional torneio de base de Campo Grande, definiu os campeões na manhã do último sábado (29), no ginásio União dos Sargentos, na capital.

A competição, ao todo, teve a participação de 60 equipes, nas categorias sub-7, sub-9, sub-11, sub-13 e sub-15. No total, 10 cidades sul-mato-grossenses foram representadas por, aproximadamente, 900 atletas.

Na final sub-19, entre Escolinha Pelezinho, equipe da casa e Associação de Pais e Atletas da Escolinha de Futsal (Apaefs), de Dourados, o clima esquentou entre a comissão técnica, torcida douradense e arbitragem.

Empatada em 4 a 4, a partida permaneceu com igualdade no placar na prorrogação e foi para a disputa de penalidades máximas. O lance que gerou polêmica foi a segunda cobrança do Pelezinho, na qual o atleta acertou o travessão. O árbitro mandou repetir a cobrança, por alegar que o goleiro da Apaefs se adiantou. Confira a partida completa aqui.

Após a repetição, a equipe de Campo Grande converteu o pênalti. O técnico da agremiação douradense, John Lenon da Silva, protestou com veemência. Ao término da partida, ele falou com a reportagem do Esporte Ágil.

“Infelizmente, o árbitro teve a atitude de voltar o pênalti sem tocar no goleiro. O goleiro adiantou sim, mas o menino acertou a trave. Em momento algum, o goleiro foi na bola, a cobrança foi direta na trave e ele acabou voltando”, confessa John Lenon.

O treinador ressalta que foi tratado com ironia e desdenho ao questionar a decisão da arbitragem. Para ele, os árbitros da competição foram “caseiros”. “Fui questionar e os árbitros deram risada. Eles têm de fazer o certo, porque viemos de longe, tem o custo da viagem e alimentação das crianças. O jogo foi bonito, mas só no final eles prejudicaram a gente. Os árbitros devem ser imparciais, não pode puxar para o time da casa. Eles atuaram bem durante a partida, só o final que foi ruim”.

Questionado, o organizador da competição, Julio Cesar de Souza, o “Pelezinho”, que dá nome à Copa, destaca que a pressão da torcida visitante em cima da arbitragem foi significativamente intensa. “O árbitro erra em um lance ou outro, mas a reclamação é muito grande. A pressão que os pais fazem durante os jogos é muito grande. Qualquer fato é motivo para dar alarde, de modo exagerado. Eu não vi algo gritante”.

“Ele [técnico John Lenon] reclamou de uma coisa que não houve. Durante o jogo, as atitudes dos árbitros foram normais, ele apitou para ambos os lados. A arbitragem não foi responsável pela derrota, tanto é que eles não perderam no tempo normal e não há motivo para reclamação”, completa Julio Cesar. A partida terminou em 5 a 4 nos pênaltis para o Pelezinho, que se sagrou campeão sub-9.

Assista ao vídeo da cobrança de penalidade que gerou discussão:

(Vídeo cedido por Julio Cesar "Pelezinho")

O Livro Nacional de Regras 2019, da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS), no capítulo de Infrações e Sanções, determina da seguinte maneira:

Se o goleiro adiantar-se antes da bola ser movimentada e não resultar em gol:

- Os árbitros interrompem o jogo, manda repetir o lance e o goleiro será penalizado com cartão amarelo.

Quando o goleiro adiantar-se e mesmo assim, resultar em gol:

- A arbitragem deverá confirmar o gol, não havendo a necessidade de advertir o goleiro com cartão amarelo.

Na primeira vez que o goleiro adiantar-se e não for concretizado o gol na cobrança do tiro penal ele deve ser advertido com cartão amarelo e na reincidência expulso da quadra.

Na final da categoria sub-7, entre Escolinha Pelezinho x Escolinha Camisa 10/Grêmio, de Nova Andradina, novas reclamações do time visitante. O técnico nova-andradinense Joari Martins foi incisivo nas críticas aos juízes da partida, principalmente à mesa de arbitragem.

O comandante da equipe do interior reclamou de uma jogada em que a bola teria atingido a mão de um atleta do Pelezinho dentro da área. O árbitro, por sua vez, optou por não assinalar penalidade e deixar o lance seguir.

Para Julio Cesar “Pelezinho”, mesmo que houvesse sido marcada a infração, o encaminhamento da partida não teria alteração. O confronto terminou em 6 a 1 para a Escolinha Pelezinho. “Em relação ao jogo de Nova Andradina, em uma partida em que eles perderam de 6 a 1, como vai reclamar? Se fosse de 1 a 0, ou empate, poderia fazer a diferença, mas não alterou as circunstâncias da partida”.

Confira os resultados finais e os campeões da 6ª Copa Pelezinho:

Categoria sub-7

1º lugar: Escolinha Pelezinho
2º lugar: Escolinha Camisa 10/Grêmio Nova Andradina

Categoria sub-9

1º lugar: Escolinha Pelezinho
2º lugar: Apaefs/Dourados-MS

Categoria sub-11

1º lugar: Chelsea Brasil
2º lugar: Apaefs/Dourados-MS

Categoria sub-13

1º lugar: Escolinha Pelezinho
2º lugar: Aefa/Dourados-MS

Categoria sub-15

1º lugar: Apaefs/Dourados-MS
2º lugar: Bonito-MS

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