A venda de Walace gerou uma reação imediata da torcida do Grêmio. Não foi reclamação ou mesmo palavras ofensivas à direção. Mas pedidos pelo retorno do douradense Lucas Leiva. Só que nem mesmo o anseio dos aficionados parece convencer a direção do clube, que descarta de pronto tal possibilidade.

Lucas defendeu apenas o Tricolor no Brasil. Fez base no clube, virou titular, participou do retorno à elite em 2005, foi vice-campeão da Libertadores de 2007, ganhou o Gauchão, e acabou se transferindo para o Liverpool, da Inglaterra. Onde joga há mais de 10 anos.

Agora seu vínculo está perto do fim. Tem mais seis meses de ligação ao clube inglês. Aos 30 anos, é reserva na equipe comandada por Jurgen Klopp. Na temporada 2016/2017 fez 17 partidas e marcou um gol.

Sua negociação não está descartada pelos ingleses, e as notícias vindas de lá só animaram os gremistas. A cada dia, a onda de aficionados que procuram o jogador nas redes sociais pedindo o regresso ao clube gaúcho só aumenta. São apelos citando ele e o perfil oficial do clube, jamais descartado pelo jogador, que nunca escondeu o desejo de um dia atuar novamente vestindo azul, branco e preto.

Mas a direção gremista não se empolga. Em contato com a reportagem do UOL Esporte, o presidente Romildo Bolzan Júnior tratou de abafar o caso. "Não temos qualquer negociação ou possibilidade de investir nele no momento. Não tem nada", se limitou a dizer o mandatário.

O Grêmio analisa a contratação de um volante. Com a venda de Walace por 10 milhões de euros ao Hamburgo, o Tricolor ganhou fôlego e uma lacuna no elenco. A chegada de Lucas poderia acontecer por empréstimo até o fim do vínculo na Europa. Mas de acordo com a direção do clube não há tal possibilidade.

A relação de Lucas com a torcida do Grêmio não se deve apenas aos anos defendendo o clube. Não é raro vê-lo cantando as músicas da torcida ou vibrando enquanto acompanha os jogos do time portoalegrense pela internet. Jamais deixou de ser um representante dos aficionados, mesmo tanto tempo longe.