Futebol | Máquina do Esporte | 25/09/2020 09h00

Reunião para retorno de torcidas no Brasil termina com bate-boca

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O que era para ser uma reunião para definir a possibilidade de retorno do público nos jogos do Campeonato Brasileiro teve que ser encerrada antes da hora, sem clima para a votação.

O encontro teve um bate-boca entre o presidente da federação do Rio (Ferj), Rubens Lopes, e o presidente da CBF, Rogério Caboclo. Os dois discordaram sobre pontos relativos à volta de torcedores por região do país.

O mandatário da federação do Rio apoiava a proposta do Flamengo, de que a liberação deveria seguir a determinação de cada autoridade pública local (o Rio de Janeiro já liberou a presença de público a partir de outubro). Já o mandatário da CBF propunha realizar uma votação, tendendo a aceitar o pedido de Corinthians e Palmeiras, de que o público só voltaria caso todos os times pudessem ter torcida.

Segundo o jornal "O Globo", Caboclo quis colocar em votação as duas propostas, no que foi questionado por Rubens Lopes sobre a impossibilidade de a votação ser realizada porque a reunião era de Conselho Técnico, não podendo por estatuto ter validade. O impasse irritou o dirigente da CBF, e os dois começaram a discutir.

Com o impasse, a reunião terminou sem qualquer conclusão. Após o encontro, a CBF em nota informou somente que a maioria é a favor do público, desde que "de forma isonômica e com permissão das autoridades dos Estados e Municípios correspondentes".

Já Rubens Lopes foi mais enfático em suas declarações a "O Globo":

"O debate pode ser retomado a qualquer hora. Roupa suja se lava em casa. O que aconteceu, no meu entender, ficou ali. Todos da reunião querem o bem do futebol brasileiro e expuseram as suas opiniões. Tenho a certeza que não cometi nenhum exagero, mas não julgo quem os possa ter cometido. Vai da consciência de cada um. Estou pronto para o diálogo em prol do caminho de solução dos problemas e de braços abertos ao entendimento com presidente da CBF. Se pais e filhos se desentendem nada de anormal se presidentes também tenham seus desencontros, temporários, fugazes, sem mágoas ou cicatrizes", disse o dirigente.

O impasse sobre a volta de torcida continua. E, também, sobre a realização ou não de Palmeiras x Flamengo neste domingo. O time do Rio de Janeiro teve um surto de Covid-19 em seu elenco e tem poucos atletas para colocar em campo. O clube pediu o adiamento da partida, mas o Palmeiras não quer adiar o jogo, argumentando que o próprio Flamengo não adiou jogos anteriormente de seus adversários que tinham problema semelhante.

A CBF, que não tinha se preparado para algum caso extremo como esse, decidiu seguir o protocolo da Uefa na "bolha" de encerramento de suas competições, em agosto. A entidade determinou que um time precisaria ter um mínimo de 13 jogadores em condições de atuar para o jogo não ser adiado.

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