Esporte Ágil | Da Redação | 16/09/2019 08h47

Revolução e oportunidades: desporto e lazer em Campo Grande são indispensáveis na gestão Marquinhos

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Desde 2017, Prefeitura de Campo Grande proporciona melhorias nos espaços de esporte e lazer, além de incentivar o desenvolvimento de atletas desde crianças, evidenciando que as práticas desportivas são prioridade da gestão.

É notório que a Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Fundação Municipal de Esportes (Funesp), desde o início da atual administração, em 2017, tem dado um boom no segmento de esporte e lazer da Cidade Morena, numa espécie de “pacotão” de obras, melhorias e incentivo às práticas esportivas e físicas da população. Hoje, o campo-grandense pode acordar bem cedo e, antes de ir trabalhar, ainda fazer treinamento funcional nos parques da capital, por exemplo.

O que se vê é uma movimentação intensa e “viva” de pessoas nos parques e praças, dispostas a se exercitarem e o melhor: encontram programas e profissionais qualificados nestes locais para prestar auxílio. Campo Grande, hoje, respira saúde e qualidade de vida.

Todo início de ano para os amantes de esporte é de ansiedade e expectativa em relação ao lançamento do Calendário Esportivo, divulgado pela Funesp. E desde 2017 as novidades estão presentes, com eventos e competições que agitam dos esportes mais tradicionais, aos que precisam de visibilidade para crescer e se enraizar pela cidade.

Nesta reportagem, o Esporte Ágil preparou um “resumão” do que foi feito e do que está em processo no esporte e lazer da capital de Mato Grosso do Sul. Aqui serão evidenciados alguns itens sobre os grandes eventos promovidos pela Prefeitura, as reformas e reestruturações de centros e logradouros que estimulam a atividade esportiva, e os projetos desenvolvidos para atender principalmente crianças e jovens, que não têm condições de arcar com aulas particulares de determinadas modalidades.

GRANDES EVENTOS

Copa Truck

O automobilismo esteve em alta neste ano em Campo Grande. A Capital dos Ipês sediou a segunda da Copa/Fórmula Truck, que aconteceu nos dias 13 e 14 de abril no Autódromo Internacional Orlando Moura. Aqui, os amantes da velocidade conheceram o vencedor da Primeira Copa, iniciada no mês anterior em Goiânia-GO, além dos três classificados para a Grande Final, que ocorrerá em Interlagos, em dezembro.

A última vez que a capital estadual recebeu a prova automobilística foi no ano passado. Na história, a cidade sediou o evento três vezes (2017, 2018 e 2019). Para a prova deste ano, a Prefeitura estruturou um Plano de Ação para evitar problemas de segurança no autódromo, que teve participação integrada entre Polícia Rodoviária Federal (PRF), Guarda Municipal e Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). O principal objetivo, segundo o diretor-presidente da Funesp, Rodrigo Terra, foi preparar aparato para suportar eventos deste porte, que costumam receber cerca de 15 mil pessoas.

Copa Truck em Campo Grande (Foto: Divulgação)

“Estamos trabalhando desde 2017 para a construção de um calendário de eventos no Autódromo e nesse ano conseguimos trazer grandes competições automobilísticas de âmbito nacional para Campo Grande: a Copa Truck, a Stock Car e a largada do Rally dos Sertões. Além disso, temos o legado esportivo com atletas que correm no autódromo, que foram incentivados com essa retomada”, disse Terra.

Stock Car

Assim como destacou Rodrigo Terra, os motores da Stock Car também roncaram por aqui. A capital sul-mato-grossense foi palco da sexta etapa da competição na temporada, no dia 11 de agosto e fez parte do calendário festivo, em comemoração ao aniversário de 120 da Morena. Antes do asfalto “queimar” nas disputas, a Prefeitura aquedou o Autódromo Internacional, mais especificamente com reparos na pista, que teve revestimento primário e desobstrução da pista lateral de acesso, além de limpeza de todo o complexo, que abrange área de 50 hectares, tudo conforme recomendação da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

Stock Car "vendeu" o nome de Campo Grande ao Brasil (Foto: Divulgação)

A força-tarefa para ajustar o Autódromo de acordo com especificações da entidade esportiva foi realizada por equipes da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), além de membros da Agetran e Funesp. O prefeito Marquinhos Trad, fã assíduo de esportes de velocidade, acompanhou todo o processo de adequação.

A etapa da competição movimentou mais de 10 mil pessoas, com a presença de 30 carros na prova. “Preparamos o Autódromo para este evento desde quando assumimos o mandato. Foram reuniões, eventos, manutenções e estamos trouxemos uma opção de lazer aos campo-grandenses e para todos os sul-mato-grossenses. Com este evento, a gente movimentou toda a rede financeira da cidade, desde hotéis a táxis, visitas aos shoppings e isso movimenta o comércio da cidade”, comentou, na ocasião, o prefeito municipal, Marquinhos Trad.

Rally dos Sertões

Além do asfalto, a velocidade tomou conta das pistas de chão batido. O Rally dos Sertões firmou Campo Grande no universo dos esportes radicais. Uma megaestrutura foi montada ao lado da Praça do Papa, na Vila Sobrinho, para receber a largada do segundo maior rally do mundo e o maior das Américas. Esta foi a primeira vez, em 27 anos, que a capital do estado sediou a largada do evento, que ocorreu no dia 24 de agosto, também como parte da programação do 120º aniversário de Campo Grande.

Poeira para o alto: Rally comemorou, com estilo, aniversário de Campo Grande (Foto: Divulgação)

E quem pensa que só teve a corrida, propriamente dita, está enganado. Ao todo, foram quatro dia de eventos. A programação começou numa quarta-feira, 21 de agosto, com abertura da Vila Sertões na Feira Central. No dia seguinte, ocorreu a vistoria técnica, também na Vila, seguida de sessão de autógrafo com os pilotos. Na sexta (23), além de outra vistoria, os jornalistas puderam conversar com organizadores em coletiva de imprensa organizada no Novotel. Logo depois, os pilotos participaram de carreata oficial pelo centro da cidade. A arena foi aberta ao público no sábado (24) pela manhã. Antes dos duelos oficiais, o Super Prime, houve a Corrida Freestyle da Honda para “aquecer” os espectadores.

Isto é, mesmo para aqueles que não conseguiram acompanhar a prova, de fato, puderam sentir “o gostinho” do Rally dos Sertões por estas bandas, por meio da carreata dos pilotos ou até mesmo através de visitas na Feira Central e na Vila destinada à concentração do evento. Tal atração resultou no fortalecimento da economia, relacionada à movimentação de bares, quiosques, lojas e demais estabelecimentos, sem contar no fomento ao turismo em Campo Grande, que ficou em evidência para todo o Brasil.

Maior Rally das Américas teve largada na capital (Foto: Divulgação)

O prefeito Marquinhos Trad acompanhou toda a prova do Super Prime e enfatizou o potencial de Campo Grande para receber grandes eventos, consolidando-se como polo de potencial para sediar os principais circuitos de automobilismo do país. “Planejamento, estratégia e sobretudo organização. A partir do momento que ano passado fomos a Goiânia e vimos a movimentação. A partir daí, tive a certeza de que levaria o evento para nossa cidade. Foi um embate de meses para mostrar a organização do Rally a beleza de Campo Grande e certeza do sucesso de um evento desta natureza”, destacou.

Jogos Abertos de Campo Grande

Vamos falar de recorde de participações de atletas? Então, vamos citar a 41ª edição dos Jogos Abertos de Campo Grande, tradicionalíssimo evento que movimenta todos os tipos de desportistas, do alto rendimento ou amadorismo, o bom e velho “atleta de final de semana”. Logo de cara, a cerimônia de abertura mostrou a que veio, com desfile das equipes participantes, doação de alimentos arrecadados com as inscrições, além do show da pira/tocha olímpica, que sempre arrepia os competidores e dar um ar de seriedade e credibilidade à competição.

Em 2019, os Jogos tiveram novamente recorde de participantes e contou com 214 equipes e 2.350 atletas que disputaram 14 modalidades. Além disso, a Prefeitura, por meio da Funesp, arrecadou mais de duas mil toneladas de alimentos, destinados ao Fundo de Apoio à Comunidade (FAC), que montou cestas para ajudar as famílias carentes da capital.

Cerimônia de abertura dos Jogos foi de encher os olhos (Foto: Divulgação)

Rodrigo Terra aponta que o crescimento no número de participantes foi um reflexo da política pública de esporte e lazer da capital. “Ano passado, tivemos recorde de inscritos, com 1.965 atletas e neste ano tivemos um aumento de 385 participantes somando, batendo recorde novamente. Esse número é resultado de investimentos em esporte, das atividades de fomento na área do esporte e do lazer e na preocupação que o campo-grandense está dando à prática da atividade física e do cuidado com a saúde”, avaliou.

Além de competição esportiva, o evento é um dos mais tradicionais de Campo Grande, sendo também a maior competição de Mato Grosso do Sul a nível adulto, na qual os atletas competem, ano após ano, nas modalidades de atletismo, basquete 3×3, ciclismo, judô, beach tennis, natação, badminton, tênis de mesa, vôlei de praia, xadrez, futsal, basquetebol, handebol e voleibol.

Mais do que esportivo, edição 2019 dos Jogos teve cunho social (Foto: Divulgação)

A importância da realização dos Jogos Abertos ultrapassa os valores esportivos, de acordo com o chefe do Executivo, Marquinhos Trad. “Campo Grande completou 41 anos como capital e nada mais justo do que a 41ª edição dos Jogos e o recorde de equipe, atletas inscritos. Além do esporte, os atletas ajudaram o próximo com todo o alimento que foi arrecadado e encaminhado ao FAC, que enviou às famílias que necessitam”.

Jogos Radicais Urbanos

Os esportes de aventura também tiveram seu espaço. O evento, sucesso em 2017, 2018 e neste ano, proporcionou aos campo-grandenses experiências aventurescas e estimulantes. A Funesp, por meio da realização da competição, colocou Campo Grande no cenário nacional como potencial pólo ecológico para a prática do esporte radical urbano. A capital de Mato Grosso do Sul, que se diferencia pelo urbano aliado à mata, é um palco exuberante e extremamente favorável à prática esportiva em meio à natureza, o que possibilita competições em lagos e matas dentro da cidade com a presença de animais nativos. Este é o espírito dos Jogos Radicais Urbanos, que alia as belezas naturais à adrenalina nas provas de stand up paddle, corrida pedestre de trilha e mountain bike.

Em 2019, a prova de mountain bike foi válida para o Campeonato Estadual na pista do Parque Ecológico do Sóter, na região Norte, com 10 obstáculos inéditos, naturais e artificiais, em percurso de quatro quilômetros, o que colocou em jogo mais adrenalina aos participantes.

Marquinhos também prioriza eventos "sem a bola" (Foto: Gilberto Aguiar/Funesp)

Já o stand up paddle foi válido para o Campeonato Brasileiro. A prova da modalidade teve como cenário a Lagoa Itatiaia, cartão postal da capital. Além disso, os atletas puderam competir em meio à natureza, acompanhando a chegada do mais belo pôr do sol da região e com a beleza do Monumento Peixe Cará, escultura do artista plástico Pedro Guilherme Garcia Goes, conhecido por exposições e intervenções urbanas.

A corrida de trilha (pedestre) é tida, ano após ano, como a queridinha dos competidores, tanto profissionais, quanto amadores. A disputa teve quase oito quilômetros de percurso e ganhou muita emoção com o percurso iniciando na Arena de largada do Rally dos Sertões, evento que fez parceria com os Jogos. Ao todo, a edição 2019 teve participação de 800 atletas. Na prova de corrida pedestre, além do calor e adrenalina, a disputa teve teor social, de solidariedade. Mais de 300 atletas, entre jovens e adultos, participaram da prova, que contou com categorias kids e atletas com deficiência correndo pela primeira vez. O grupo Pernas Solidárias foi responsável por conduzir algumas crianças com deficiência.

Segundo o diretor-presidente da Funesp, Rodrigo Terra, a inclusão de pessoas com deficiência na corrida reforçou a importância dos próximos eventos. “Os Jogos Radicais Urbanos já se consolidaram na cidade e além do esporte e do legado que fica com a realização de cada prova, o evento promoveu a inclusão de pessoas com deficiência. A partir de agora, teremos a equipe do Pernas Solidárias em todos os eventos garantindo mais esporte e qualidade de vida a população”.

Evento promoveu a inclusão social (Foto: Divulgação/Funesp)

Como balanço do evento, a secretária Municipal de Cultura e Turismo, Melissa Tamaciro, destacou que os Jogos Radicais Urbanos vislumbraram o olhar dos participantes de fora, que tiveram a oportunidade de conhecer Campo Grande, sob outra perspectiva: mesmo uma capital com seus agitos, uma cidade dotada de certa tranquilidade e intensa arborização. “Por envolver parques urbanos, trouxe um diferencial para Campo Grande em relação aos grandes centros, desenvolvendo assim a marca do ‘urbano na mata’, ou seja, de ser a cidade que possibilita em poucos minutos estar em um centro comercial e depois em um parque”.

Copa Campo Grande de Futebol Amador

Quem acha que, diante de grandes eventos esportivos, o futebol amador foi relegado a segundo plano, equivoca-se. Com o objetivo de fortalecer as relações comunitárias entre os participantes, a Copa Campo Grande de Futebol Amador foi lançada em 2019. A competição, inédita deste porte na capital sul-mato-grossense, contou com 120 times masculino e feminino divididos em sete grupos por região (Centro, Segredo, Prosa, Anhanduizinho, Imbirussu, Lagoa e Bandeira).

Rodrigo Terra explicou que o objetivo da Funesp, com a realização da Copa, foi de “incentivar que as comunidades se organizem e se mobilizem nas suas regiões” e também estimular a solidariedade, com a arrecadação de alimentos que foram destinados às famílias carentes da Capital.

Futebol amador também tem espaço na gestão Marquinhos (Foto: Divulgação)

“Às vezes muita gente tem a preocupação de chegar em casa e ainda ter o almoço para requentar; mas tem gente que não tem absolutamente nada, nem para requentar”, comentou o prefeito Marquinhos Trad ao falar sobre como o evento esportivo também provocou impacto social para as famílias que necessitam de ajuda. No total, três quilos de alimentos foram doados ao Fundo de Apoio à Comunidade (FAC), no mesmo molde de inscrição dos Jogos Abertos.

Além de troféus e medalhas, o campeonato premiou o campeão com R$ 25 mil, o segundo colocado com R$ 5 mil e o terceiro com R$ 2 mil. As mulheres, claro, não ficaram de fora. O feminino teve R$ 5 mil de premiação ao primeiro lugar, R$ 2 mil ao segundo, e R$ 1 mil ao terceiro colocado. De acordo com a Funesp, aproximadamente três mil atletas pisaram nos gramados de todas as regiões urbanas da capital.

No dia do lançamento do campeonato, o prefeito Marquinhos Trad lembrou que o futebol amador em Campo Grande hoje é palco dos “boleiros” de antigamente, que já movimentaram diversos campos da cidade. Alguns deles, seus amigos. “Os meus melhores amigos hoje eram da minha infância e que eu jogava no Jockey Clube, no Taveirópolis, entre outros locais. E estamos hoje lançando uma copa de futebol amador e isso é muito importante, aprendemos desde cedo as regras e é o que vamos levar para essa competição, seriedade com o regulamento e diversão em campo”.

Jogos Universitários Campo-Grandenses Interatléticas

Outra novidade no Calendário Esportivo de Campo Grande 2019, lançado no começo do ano, foram os Jogos Universitários Campo-Grandenses Interatléticas. Em 30 de outubro de 2018, foi sancionada e publicada a Lei nº 6.112, que institui os Jogos entre acadêmicos no município.

O nome inicial da competição era Jogos Universitários Campo-Grandenses (JUCG), mas posteriormente recebeu adaptação. No entanto, a finalidade é a mesma, descrita no texto da Lei: incrementar e desenvolver desporto universitário, a interação e integração esportiva entre jovens estudantes das diversas universidades do município, públicas e privadas, bem como a formação de atletas e de equipes de alto nível para representar o município de Campo Grande no cenário nacional, em especial, nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs).

Marquinhos reuniu-se com atléticas para regulamentar competição (Foto: Divulgação)

Os Jogos terão 12 atléticas (agremiações desportivas universitárias) das seguintes universidades: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp), Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran) Unidade Campo Grande, Anhanguera Educacional, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e será disputado nas modalidades de basquetebol, futsal, handebol, voleibol.

REFORMAS E REVITALIZAÇÕES

Assim como competições e demais eventos esportivos, a Funesp também confirmou, no início deste ano, obras de melhorias das infraestruturas esportivas que fazem parte de um dos sete programas desenvolvidos pelo órgão responsável pela gestão do desporto na Cidade Morena. O planejamento tem como objetivo estimular a utilização dos espaços públicos pela população, com a reforma do Parque do Sóter e a ordem de serviço da reforma do Ginásio Guanandizão.

Também fazem parte do programa as obras da Pista de Atletismo do Parque Ayrton Senna e em outras partes do complexo no bairro Aero Rancho, reforma do Parque Jacques da Luz, além da revitalização do Autódromo, já citada anteriormente. Desde 2017, a Prefeitura tem atuado para devolver o pleno potencial de utilização dos parques de Campo Grande, que ao longo dos últimos anos não receberam investimento de manutenção.

Parque Ayrton Senna

A Prefeitura deu início ao pacote de obras infraestruturais, que contempla reforma e ampliação da estrutura administrativa, revitalização das quadras poliesportivas, troca de instalações elétricas, sanitárias, projeto de prevenção de incentivo e reforma completa do parque aquático.

De acordo com a Funesp, a reforma e ampliação da estrutura administrativa terá custo total de R$ 463 mil. As obras abrangem reparo do telhado; instalação de gradil para evitar a formação de ninhos de pombas; troca de louças sanitárias, azulejos e adaptação de um banheiro para pessoas com deficiência física. Além do mais, as quadras poliesportivas serão pintadas. Do orçamento total, mais da metade serão atribuídos à reforma do complexo aquático de três piscinas (uma delas semi-olímpica), incluindo manutenção das bombas, substituição dos azulejos de revestimento das piscinas, troca de filtros e impermeabilização.

Parque aquático no Ayrton Senna ganhará cara nova (Foto: Divulgação)

O Parque Ayrton Senna possui área de 32 hectares no bairro Aero Rancho, um dos mais tradicionais da capital. O complexo estava interditado por decisão do Corpo de Bombeiros. A Prefeitura teve de se mobilizar e fechar acordo com um projeto de prevenção e combate de incêndio para reabrir o espaço à comunidade. Além da reforma e revitalização, já está em andamento a construção da pista oficial de atletismo no Parque, investimento de R$ 8,5 milhões. A pista de 400 metros, com oito raias, está sendo emborrachada e é a primeira com esta característica em Mato Grosso do Sul e integrará o circuito nacional de competições. De acordo com a equipe da Sisep, foram aplicados 6,3 mil metros de lona emborrachada, importada da Alemanha.

A Sisep concluiu a terraplanagem do campo no entorno da pista, que será gramado. O campo será utilizado para as competições de salto com vara, salto à distância e lançamento do dardo. Ademais, está em processo de construção o prédio que abrigará os vestiários, banheiro e alojamento, com 200 metros quadrados de área construída. O projeto teve readequações, que abrangeram inclusão de gradil para cercar a pista e uma arquibancada de 400 metros quadrados, com capacidade para 400 pessoas. Ainda de acordo com a Prefeitura, está no planejamento a instalação de uma iluminação específica para a pista, em seis torres.

Após anos de abandono, Ayrton Senna estará de "cara nova" (Foto: Divulgação)

Em entrevista, Rodrigo Terra destacou que a pista é uma forma de estimular o atletismo campo-grandense, em sua gama de modalidades. “Estamos organizando, junto a Federação de Atletismo de MS, um calendário com treinamentos e competições para os próximos anos e, com isso, garantiremos a utilização do espaço com qualidade”.

Parque Tarsila do Amaral

A comunidade da região do Nova Lima, no Norte da capital, foi beneficiada com a reabertura das piscinas do Parque Tarsila do Amaral em 2017. O complexo aquático, que estava fechado desde 2015, foi entregue à comunidade após passar por uma revitalização. A reforma foi viabilizada pela parceria firmada entre Prefeitura e Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul (OCB/MS). Foram realizadas instalações de novos azulejos, além de bombas, motores e pinturas nas grades do complexo.

Rodrigo Terra evidencia que a viabilização da reforma garantirá a participação de mil pessoas nas atividades aquáticas. “Nós temos o objetivo de atender cerca de mil pessoas, sem contar com as oficinas já realizadas no ginásio e no campo de futebol do parque. A ideia é ter mais de 60 oficinas por semana já a partir da semana que vem. Isso é fundamental para que as pessoas melhorem a sua qualidade de vida, por meio de uma política pública de esporte e lazer e, assim, podermos devolver esses espaços à população”.

Complexo aquático foi entregue aos moradores do Nova Lima (Foto: Divulgação)

Para ampliar o acesso da comunidade ao local, o diretor-presidente da Funesp afirma que, a partir de outubro, os espaços serão abertos aos finais de semana. “Vamos transformar essas piscinas em nossas praias. É um sonho que estamos conseguindo realizar”.

Parque Jacques da Luz

O Parque Jacques da Luz, também conhecido como Parques das Moreninhas, passa por reforma, com execução da revitalização das piscinas, obras de acessibilidade, reformas estruturais e manutenção de equipamentos.

A reforma do complexo foi dividida em duas fases, iniciando pela revitalização das piscinas. Na segunda etapa, a atenção será com obras de acessibilidade, recomposição de telhas, adequação de camarim para utilização de oficinas, reparo dos banheiros, substituição de piso cerâmico, reforma das portas de ferro e instalação de telhas anti-pássaros.

Jacques da Luz terá uma série de readequações (Foto: Divulgação)

O projeto de reforma inclui ainda pintura do complexo e das quadras, manutenção da parte elétrica e hidráulica, manutenção das bombas, troca dos filtros, reparos de trincas, impermeabilização, troca dos azulejos e revestimento das piscinas. A obra, que será feita com recursos próprios, está orçada em R$ 1 milhão.

Parque Ecológico do Sóter

Localizado na Mata do Jacinto, o Parque Ecológico do Sóter está recebendo reparos em toda a estrutura. A licitação lançada pela Prefeitura projeta serviços nas paredes e painéis, forros, esquadrias, calçadas, revestimentos, instalações elétricas, pintura, cercamento externo, instalações sanitárias, parque infantil e pórticos de acesso. Os banheiros, guaritas e até a ponte do parque estão na lista de reparos.

Sóter terá infraestrutura revitalizada (Foto: Divulgação)

No começo do ano, a Prefeitura lançou o projeto “Parcão”, que libera a entrada de cães no Sóter. “Campo Grande tem cerca de 160 mil animais domésticos e cada vez com menos crianças e mais cães, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E agora temos um espaço seguro para o passeio. Queremos trazer também essas pessoas para ocuparem o parque e se movimentar. Além disso, vamos fazer um chamamento público para instalar no Parque Sóter o Parcão, que é um parque para cães, onde eles podem ficar soltos, passear, brincar e se socializar com outros cães”, ressaltou Rodrigo Terra.

Centro Municipal de Treinamento Esportivo

O ano de 2017 também ficou marcado pela entrega do Centro Municipal de Treinamento Esportivo (Cemte), localizado no bairro Carandá Bosque, na região Norte da capital e que se tornou, de lá para cá, referência na recepção de competições. O complexo abriga as modalidades voleibol, basquetebol, lutas e esportes aquáticos, e desde então é utilizado em projetos sociais de iniciação esportiva e formação de atletas.

O Cemte é composto por ginásio poliesportivo, parque aquático, quadra externa e academia, contando com a supervisão técnica da Funesp e das federações esportivas envolvidas. No complexo esportivo são desenvolvidas atividades onde os atletas podem se aperfeiçoar e estar no mesmo nível técnico de atletas profissionais. Para isso, a Federação de Voleibol de Mato Grosso do Sul desenvolve treinos com a equipe de Campo Grande AVP, entre outras, para o fomento do desenvolvimento profissional na capital.

Espaço para treinamento era sonho antigo dos desportistas da capital (Foto: Divulgação)

Já a Federação Estadual de Basquete, que levou a quadra oficial de basquetebol para o Cemte, treina com as equipes NKB. Ainda no ginásio, as atividades de karatê e judô foram iniciadas com escolinhas de base, na busca de novos talentos.

No parque aquático, além das oficinas, duas equipes da seleção de natação de Campo Grande treinam com objetivo de competição: Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) e projeto Pé de Pato. Além disso, o espaço abriga a academia de musculação que atende os atletas e também a Guarda Civil Metropolitana.

Guanandizão

O tradicional Ginásio Poliesportivo Avelino dos Reis, o Guanandizão, também está em processo de revitalização, resultado da parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado, que liberou R$ 1,8 milhão para custear o projeto.

A previsão é que em julho de 2020 o complexo poliesportivo, inaugurado em 1984, seja entregue revitalizado. A Prefeitura planeja marcar a reabertura do ginásio com a realização de uma etapa da Liga Mundial de Vôlei, com participação da Seleção Brasileira.

Ginásio será reaberto em grande estilo, com duelo de vôlei (Foto: Divulgação)

O Guanandizão tem capacidade para um público superior a 8.300 pessoas e já recebeu grandes eventos como show de Roberto Carlos e partida da Seleção Brasileira de Vôlei. Está interditado desde 2013, por determinação do Corpo de Bombeiros, que cobrou um projeto de prevenção e combate de incêndio, além de ter identificado problemas nas instalações elétricas, que colocariam em risco a segurança dos frequentadores.

O projeto de reforma contempla parte elétrica, troca de fiação, substituição do transformador, instalação de um gerador de energia, reforço da iluminação das quadras externas com novas lâmpadas de led. O gerador é necessário para garantir o funcionamento (em caso de falta de energia) das bombas de água para o combate a sinistros. O projeto elétrico está orçado em aproximadamente R$ 500 mil.

Marquinhos assina autorização para obras do Guanandizão (Foto: Divulgação)

Os banheiros também passam por revisão geral, incluindo parte hidráulica, colocação de novos azulejos, substituição de forro e instalação de equipamentos de acessibilidade para atender pessoas com deficiência física. As intervenções incluem as bilheteira e em toda a estrutura externa de quadras com reparos no piso, nova pintura, novas tabelas de basquete, alambrados. Haverá instalação de tátil no entorno, reurbanização com plantio de grama e troca de lojas.

Outros espaços de esporte e lazer

Ao todo, 15 espaços públicos, entre parques, praças e instalações esportivas e de atividades físicas serão revitalizados. O investimento total da Prefeitura é de R$ 9,4 milhões. Para custeio, estão sendo utilizados recursos de um financiamento que está sendo contratado junto à Caixa Econômica Federal (linha de crédito do FINISA), emendas parlamentares e da receita própria.

Além das obras já citadas acima, serão retomadas e concluídas a construção da Praça da Juventude no Conjunto Serra Azul; do Estádio de Beisebol e da quadra poliesportiva da Associação Okinawa e das Praças dos Esportes e da Cultura, do Jardim Noroeste e do Parque do Sol. Está prevista ainda a instalação de 10 academias ao ar livre; revitalização da Praça do Bairro Guanandi; Praça Poliesportiva da Mata do Jacinto; Vila Nasser e dos parques Elias Gadia; Horto Florestal, além da construção de praças com campo de futebol e pista de caminhada, nas Moreninhas e no bairro Campo Belo.

Trad fez questão de vistoriar pessoalmente todos os parques da capital (Foto: Divulgação)

De acordo com balanço da Sisep, nas cinco obras inacabadas, algumas delas iniciadas há oito anos, já foram investidos (entre recursos convênios e contrapartida) R$ 3,8 milhões. Neste grupo estão a Praça dos Esportes e Cultura do Noroeste, R$ 1,1 milhão); do Parque do Sol (R$ 1,5 milhão); Praça da Juventude (R$ 33,7 mil); estádio de beisebol (R$ 350 mil) e a quadra do Clube Okinawa (R$ 380 mil). A praça do Parque do Sol está quase pronta, faltando apenas alguns serviços de acabamento e a pavimentação do entorno.

Para revitalização das praças do bairro Guanandi e das Moreninhas 3, além da aquisição de 10 academias ao ar livre, a Prefeitura conseguiu recuperar R$ 1,2 milhão em emendas parlamentares de 2012. Nas Moreninhas 3, em área de quase oito mil metros quadrados, entre as ruas Anacá e Jaturana, o campo de futebol (gramado) existente no local será cercado com alambrados, construídas pequenas arquibancadas e receberá refletores de iluminação. Será implantada uma pista de caminhada, um playground, instalados bebedouros e equipamentos de ginástica. O projeto está orçado em R$ 487,5 mil.

Já na Praça do Bairro Guanandi, na Rua Barra Mansa, o investimento será de R$ 349,7 mil, valor que computa a revitalização do espaço e implantação de uma academia da terceira idade. Estão programadas academias ao ar livre nas praças Ana Maria do Couto, Jardim Batistão, Carandá Bosque (1 e 2), Cidade Jardim, Estrela da Dalva, Jardim Panamá e Praça da Vila Alba, com investimento de R$ 433 mil.

Ações em andamento

1) Parque Ecológico do Sóter – R$ 1.003.192,45

2) Praça das Moreninhas – R$ 417.940,59

3) Praça Campo Belo – R$ 109.851,56

4) Praça Guanandi e 10 academias de saúde – R$ 745.092,30

5) Parque Ayrton Senna – R$ 1.180.000,00

6) Parque Jacques da Luz – R$ 1.000.000,00

7) Praça de Esportes Mata do Jacinto – R$ 160.000,09

8) Praça Elias Gadia – R$ 310.000,00

9) Praça Esportiva Vila Nasser – R$ 400.000,00

10) Quadra de Esportes Okinawa - R$ 115.000,00

11) Estádio de Beisebol – R$ 431.000,00

12) Praça da Juventude Serra Azul – R$ 500.000,00

13) Praça de Esporte e Cultura Jardim Noroeste- R$ 820.000,00

14) Praça de Esporte e Cultura Parque do Sol – R$ 1.795.000,00

15) Horto Florestal – R$ 500.000,00

PROJETOS

Escola Pública de Futebol

O projeto Escola Pública de Futebol foi lançado pelo prefeito Marquinhos Trad em abril de 2017. A iniciativa, realizada em parceria com o banco Sicredi, atende cerca de mil jovens de 10 a 14 anos, em 15 locais da capital. “Atendemos nas sete regiões da cidade, oportunizando aos jovens o esporte e qualidade de vida. No futuro, quando o aluno encontrar o professor, ele vai dizer: aquele cara mudou a minha vida”, declarou o prefeito, ressaltando a importância do projeto na formação da criança e do adolescente.

Escolinha é oportunidade para jovens se destacarem no futebol (Foto: Divulgação)

Os 15 locais dos treinamentos são Parque Tarsila do Amaral, Parque Jacques da Luz, Parque Ayrton Senna, Parque Sóter, Praça Esportiva Belmar Fidalgo, Praça Esportiva Elias Gadia, Centro Olímpico Professor Rui Jorge da Cunha, Complexo Esportivo da Vila Nasser, Ginásio Poliesportivo Avelino dos Reis (Guanandizão), SISEP, Praça do Pioneiros, Praça do Maria Aparecida Pedrossian, Praça José Abraão, Praça do Jockey Club, além dos distritos de Anhanduí e Rochedinho.

Neste ano, além dos 15 já existentes para meninos e meninas de 10 a 14 anos, o projeto passou a atender crianças na faixa etária dos cinco aos nove anos, com o BabyFut. Cada oficina tem em média 25 alunos por turma e eles podem se inscrever gratuitamente no local e horário da atividade. O projeto passa a atender mais de 1,5 mil alunos. Os novos campos de futebol estão localizados nos bairros do Jardim Zé Pereira, Recanto dos Rouxinóis, Bonança, São Conrado e Mata do Jacinto.

Distritos também foram atendidos com projeto (Foto: Divulgação)

“Quando a gente vai aos parques, às escolinhas públicas de futebol, vê a expectativa e a esperança de um menino em se tornar um jogador profissional. São mais de 2 mil meninos que têm essa oportunidade”, pontuou o prefeito Marquinhos Trad.

Centro de Formação de Atleta

A Prefeitura de Campo Grande inaugurou em 2018 o Centro de Formação de Atletas (Cefat), que atende 400 crianças de 5 a 14 anos com a prática da ginástica artística, pelo Projeto Jovem Talento Esportivo. O objetivo é formar novos atletas na modalidade e promover o intercâmbio entre os praticantes, além de treiná-los para competições. Os treinos trabalham a agilidade, força, equilíbrio e flexibilidade, promovendo a diversão e aperfeiçoamento técnico.

Campo Grande possui, agora, centro para revelar ginastas (Foto: Divulgação)

O novo local conta com salas diferenciadas para os pais, secretaria, sala de ballet, vestiários para atletas e uma área ampla que favorece os treinos dos ginastas. O Cefat possui tablado de ginástica, cavalo, argolas, camas elásticas e profissionais capacitados para a prática. As aulas são gratuitas e abertas a todas as crianças interessadas.

Como homenagem, o Cefat recebeu o nome da professora Rose Rocha, proposto pelos vereadores e sancionada pelo prefeito Marquinhos Trad na Lei 6.064, de 31 de julho de 2018. Rose era professora de educação física e iniciou os treinos da modalidade de Ginástica Artística em 1984. Foi fundadora, em 1992, da Federação de Ginástica de Mato Grosso do Sul. Atuou como técnica da seleção feminina de Ginástica Artística do Estado. Rose foi Coordenadora Técnica do Centro de Formação de Atletas de Ginástica da Prefeitura.

Cefat homenageou Rose Rocha, personalidade da ginástica no estado (Foto: Divulgação)

“Ela começou na ginástica em 1987 e o Centro de Formação de Atletas era o sonho da Rose, não apenas o local, mas o espaço adequado que atendesse com qualidade e segurança nossas 400 crianças inscritas no projeto e esse espaço representa também maior diversificação nas opções esportivas na Capital, ainda mais a ginástica artística que também uma prática que fascina jovens e crianças”, comentou o prefeito, durante a solenidade de lançamento do novo espaço.

“Quando visitamos o prédio antigo do Cefat, em 2017, o que nos chamou atenção foi a importância do projeto para crianças e professores, mas ele não estava apto às crianças. E naquele momento começamos a trabalhar para encontrar um local para o projeto que já revelou muitos atletas nacionais e internacionais”, salientou o diretor-presidente da Funesp, Rodrigo Terra.

Escola Pública de Ballet

Assim como a Escola Pública de Futebol, em 2017 o ballet campo-grandense recebeu projeto para atender crianças apaixonadas por esta prática. O projeto foi idealizado pela presidente do Conselho Gestor do Fundo de Apoio à Comunidade (FAC) e primeira-dama, Tatiana Trad. A Escola atende mais de 200 crianças com idade entre 4 e 14 anos, nas oficinas que acontecem no Parque Jacques da Luz e Ayrton Senna.

Crianças têm oportunidade de aprender ballet em duas escolas (Foto: Divulgação)

Presente no Jacques da Luz, o prefeito Marquinhos Trad avaliou o antes e depois da reforma da sala e exaltou a importância do ballet para os laços familiares. “Quando visitamos essa sala no início da gestão ela estava abandonada, com pisos e espelhos quebrados, além do teto que estava caindo. Buscamos parcerias e percebemos a importância da retomada das atividades e o lançamento de novos projetos. É tão bonito quando a gente vê a mãe e avó arrumando as meninas para o ballet, a emoção do primeiro dia dos primeiros passos da aula de ballet”.

De acordo com a Prefeitura, o objetivo é levar o projeto a todos os parques da capital. “É um projeto piloto, maravilhoso, que levará o ballet às crianças que muitas vezes não tem condições de fazer pelo custo e aqui, com a ajuda dos parceiros, elas poderão fazer sem custo”, destacou a vice-prefeita Adriane Lopes, no momento da inauguração da primeira unidade, no parque localizado nas Moreninhas.

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