Esporte Ágil | Vitor Yoshihara/Da redação | 09/05/2012 17h23

Alegria e tristeza

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Acompanhei no final do ano passado a delegação sul-mato-grossense nas Olimpíadas Escolares, etapa 15 a 17 anos, em Curitiba (PR). Convivendo por vários dias com nossos jovens atletas e seus técnicos, pude sentir de perto como a falta de apoio ao esporte acaba com sonhos. Conversando com a "gurizada", muitos confessaram já ter ideia de que não vão conseguir sobreviver do desporto, principalmente em nosso Estado. Uns já pensavam em ir para outros estados treinar e competir, já outros iriam trocar as chuteiras, sapatilhas, raquetes ou quimônos pelos livros, já tratando o esporte apenas como hobby e focando a entrada numa boa universidade.

Por isso, fico feliz quando vejo atletas "genuínamente sul-mato-grossenses", isto é, que treinam por aqui, conquistando excelentes resultados em competições de nível internacional, como fez essa semana a judoca douradense Camila Gebara, que faturou a medalha de ouro nos Jogos Escolares Mundiais, em Londres. Mas o que vem na minha cabeça em momentos como esse é que se mesmo sem muito apoio essas medalhas aparecem, imagine se o Poder Público e privado investisse de verdade no esporte - e não ajudasse só com passagens de ônibus esporádicas. Isso é assistencialismo, e não investimento. É muito triste ver atletas incríveis tendo que IMPLORAR DE JOELHOS por coisas assim.

Infelizmente, todos os anos a história se repete - e a tendência, se nada mudar até 2016, é continuar assim.

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