Entidades Esportivas | Da redação/com Assessoria | 02/07/2015 17h16

Presidente da Funesp relata situação de calamidade em CPI

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Campo Grande - Foi ouvido na última segunda-feira (29) pela CPI das Contas Públicas, instaurada na Câmara Municipal para apurar a situação financeira da Prefeitura de Campo Grande, o diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esportes), José Eduardo Amâncio da Mota, o “Madrugada”, revelou que a pasta tem ‘alugado’ seus espaços através de permuta. 

“A manutenção de clubes é feita com permuta. A gente tem feito permuta de locação de campo com balde de cloro [para a manutenção das piscinas]. A gente tinha uma empresa que prestava serviços, e não temos mais. Com isso, perdemos muito. Hoje, por exemplo, só temos um salva-vidas em cada local”, resumiu Madrugada, durante oitiva de quase duas horas com os vereadores Eduardo Romero, Airton Saraiva, Thais Helena, Vanderlei Cabeludo e Paulo Pedra, que compõem a CPI.

Segundo o chefe da Funesp, para conter despesas, a pasta diminuiu o número de eventos, jogos e até mesmo de categorias em disputa nas competições. Além disso, reduziu as modalidades nos jogos municipais, o apoio às entidades esportivas e, dentro da própria Fundação, cortou comissionados e reduziu o custeio.

“É duro você saber que um garoto que treinou quatro anos não pode ir disputar uma competição nacional. Hoje, talvez, não podemos garantir isso. A situação é complicada. Para locar ônibus, a dificuldade é grande”, lamentou Madrugada. “Há um decreto da Prefeitura de que não se pode pagar diária para o técnico viajar. Chefe de delegação dorme mal, em um colchão, não tem sábado, nem domingo, e nem diária. É difícil e a gente está respeitando isso”, completou.

Segundo ele, a pasta tem, atualmente, um gasto de R$ 440 mil mensais com a folha de pagamento –há, também, funcionários cedidos de outras pastas, caso da Semed (Secretaria Municipal de Educação). Madrugada ainda defendeu a necessidade de se contratar mais profissionais sem concurso.

“Às vezes o professor concursado não tem habilidades para trabalhar em determinadas áreas, como terceira idade e com os deficientes. Tem que buscar um profissional dessa área”, disse.

CPI - A CPI foi criada no último dia 5 de maio, com 10 assinaturas: Paulo Pedra, Thais Helena, Cazuza, Luiza Ribeiro, Chiquinho Telles, Alex do PT, José Chadid, Ayrton Araújo do PT, Eduardo Romero e Chocolate.

A Comissão tem como objetivo investigar se o aumento de 40,34% na folha de pessoal da Prefeitura ocorreu por aumentos salariais praticados pelas gestões anteriores ou devido à nomeação de comissionados por parte do atual prefeito Gilmar Olarte.

Além disso, vai investigar quanto da receita de folha de pessoal é destinada aos comissionados nomeados durante a gestão do prefeito, bem como se estão efetivamente trabalhando e se os recursos destinados ao pagamento destes estão atingindo sua finalidade.

Por fim, saber se houve realmente redução na arrecadação do município, principalmente com relação ao ICMS, IPTU, ISS. 

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